MAIS LIDAS
VER TODOS

Economia

Juros: Taxas sobem com aversão ao risco global, dólar e leilão do Tesouro

Os juros futuros fecharam em alta nos trechos intermediários e longos, pressionados pela aversão ao risco global decorrente da escalada na crise entre a Rússia e o Ocidente na questão da Ucrânia, o leilão do Tesouro, com oferta de papéis longos maior que

Da Redação

·
Escrito por Da Redação
Publicado em 17.02.2022, 18:47:00 Editado em 17.02.2022, 18:53:19
Imagen google News
Siga o TNOnline no Google News
Associe sua marca ao jornalismo sério e de credibilidade, anuncie no TNOnline.
Continua após publicidade

Os juros futuros fecharam em alta nos trechos intermediários e longos, pressionados pela aversão ao risco global decorrente da escalada na crise entre a Rússia e o Ocidente na questão da Ucrânia, o leilão do Tesouro, com oferta de papéis longos maior que as anteriores, e depreciação do câmbio. As taxas curtas ficaram estáveis num dia de agenda e noticiário internos esvaziados.

continua após publicidade

A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2023 fechou em 12,405% (regular) e 12,38% (estendida), de 12,383% ontem no ajuste, e a do DI para janeiro de 2025 subiu de 11,371% para 11,455% (regular e estendida). O DI para janeiro de 2027 saiu de 11,22% para 11,33% (regular e estendida).

O comportamento das taxas na abertura foi até tranquilo, mas já no meio da manhã passaram a subir com o noticiário em torno da tensão geopolítica no leste europeu. Os Estados Unidos e a Otan afirmaram que a Rússia não retirou parcialmente as tropas da fronteira com a Ucrânia, como havia dito, mas sim elevou suas forças militares na região, na contramão do seu discurso pró-diplomacia. Ainda, teria expulsado o vice-embaixador americano em Moscou. O governo americano voltou a falar em invasão iminente, sentimento que cresceu à tarde com relatos de bombardeios no leste ucraniano. A aversão ao risco se espalhou, puxando para cima a ponta longa.

continua após publicidade

Outra pressão tomadora veio do Tesouro, elevando fortemente o lote de NTN-F, de 900 mil na semana passada para 2,8 milhões hoje, oferta vendida quase integralmente (2,741 milhões). O risco (DV01) subiu 30% em relação à operação da semana passada, segundo a Renascença DTVM. O Tesouro vendeu ainda 6,850 milhões de LTN.

No Twitter, o especialista em derivativos e professor da FIA, Alexandre Cabral, afirmou que este foi o maior leilão de prefixados de 2022 com volume financeiro de R$ 7,75 bilhões. "Os vencimentos saíram com a maior taxa do ano", afirmou, destacando ainda que o lote do papel para 2029 saiu com taxas abaixo do consenso.

Os vértices curtos tiveram oscilação bastante limitada pela falta de um gatilho para os negócios. As apostas para a próxima reunião do Copom parecem bem ajustadas para alta de 1 ponto porcentual da atual Selic de 10,75%, com algumas fichas na opção de 1,25. "Não tem como o BC fugir muito do que estabeleceu em seu plano de voo", afirmou o estrategista-chefe do Banco Mizuho, Luciano Rostagno, alertando, no entanto, que o cenário geopolítico é um risco no horizonte a ser considerado, pelo potencial impacto nos preços do petróleo e, logo, na inflação.

Gostou desta matéria? Compartilhe!

Icone FaceBook
Icone Whattsapp
Icone Linkedin
Icone Twitter

Mais matérias de Economia

    Deixe seu comentário sobre: "Juros: Taxas sobem com aversão ao risco global, dólar e leilão do Tesouro"

    O portal TNOnline.com.br não se responsabiliza pelos comentários, opiniões, depoimentos, mensagens ou qualquer outro tipo de conteúdo. Seu comentário passará por um filtro de moderação. O portal TNOnline.com.br não se obriga a publicar caso não esteja de acordo com a política de privacidade do site. Leia aqui o termo de uso e responsabilidade.
    Compartilhe! x

    Inscreva-se na nossa newsletter

    Notícia em primeira mão no início do dia, inscreva-se agora!