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Juros: Taxas resistem com alta marginal à deterioração do câmbio e Bolsa

Os juros futuros mantiveram no fechamento da sessão o viés de alta visto já pela manhã, resistindo à piora do câmbio e da Bolsa ao longo da tarde. A agenda da quarta-feira, mesmo relevante tanto aqui quanto no exterior, não conseguiu determinar uma trajet

Denise Abarca (via Agência Estado)

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Escrito por Denise Abarca (via Agência Estado)
Publicado em 28.02.2024, 18:42:00 Editado em 28.02.2024, 18:47:33
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Os juros futuros mantiveram no fechamento da sessão o viés de alta visto já pela manhã, resistindo à piora do câmbio e da Bolsa ao longo da tarde. A agenda da quarta-feira, mesmo relevante tanto aqui quanto no exterior, não conseguiu determinar uma trajetória firme para as taxas, com os investidores à espera do índice de preços de gastos com consumo (PCE, em inglês) dos Estados Unidos amanhã.

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A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2025 encerrou em 9,995%, de 9,970% ontem no ajuste, e a do DI para janeiro de 2026 passou de 9,80% para 9,82%. O DI para janeiro de 2027 terminou com taxa de 10,03% (de 10,00%) e a do DI para janeiro de 2029 fechou a 10,46%, de 10,45%.

A queda de até 10 pontos-base vista ontem na curva poderia ter aberto espaço para uma realização de lucros hoje, mas a correção foi bastante discreta, até porque a curva americana passou boa parte do dia de lado, após reação pontual de baixa ao PIB americano do quarto trimestre levemente abaixo do esperado, divulgado pela manhã. Já o índice PCE do período desacelerou, mas com avanço do núcleo. No fim da tarde, a taxa da T-Note de dez anos estava em 4,27%.

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Os indicadores nos Estados Unidos não alteraram o cenário de apostas majoritárias de que o Federal Reserve começará a reduzir os juros em junho. Possíveis ajustes podem vir amanhã, com a inflação do PCE, que é a medida preferida do Fed, em janeiro.

O presidente do Fed de Nova York, John Williams, afirmou hoje que ainda há um caminho "pela frente" até que se garanta inflação sustentada na meta de 2%. Na mesma linha, a presidente da distrital de Boston do Fed, Susan Collins, disse que ainda precisa de mais provas de que a economia está caminhando para a meta.

O estrategista-chefe da RB Investimentos, Gustavo Cruz, afirma que nesse cenário que se desenha para os EUA, "sem sinal de desaceleração intensa da atividade ou mesmo recessão" e "juros por mais tempo nos 5,5%" é natural que a curva aqui fique levemente inclinada.

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Em compensação, as taxas curtas não têm por que avançar e tendem a se manter de lado. "Tivemos hoje a deflação do IGP-M confirmando o cenário mais benigno para a inflação já mostrado ontem pelo IPCA-15 abaixo da mediana", disse. O IGP-M de fevereiro teve deflação de 0,52%, pouco maior do que apontava o consenso de -0,50%. Resta saber em que ritmo e magnitude a deflação do atacado chegará ao varejo para ajudar a limitar a pressão vinda dos preços de serviços.

Pelo lado fiscal, o Tesouro informou nesta tarde que o Governo Central teve em janeiro superávit de R$ 79,33 bilhões, em linha com a mediana das estimativas, de R$ 79,05 bilhões. É o terceiro melhor desempenho em termos reais para o mês na série histórica iniciada em 1997 e se sucede ao déficit de R$ 116,14 bilhões de dezembro.

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