MAIS LIDAS
VER TODOS

Economia

Juros: Taxas disparam com risco ao teto imposto pela ala política do governo

A aversão ao risco trazida pelas preocupações com o cenário fiscal continuou como principal fator de tensão no mercado de juros à tarde, quando as taxas acentuaram a alta e renovaram máximas em meio a ajustes antes do fim de semana e fatores técnicos rela

Da Redação

·
Escrito por Da Redação
Publicado em 30.07.2021, 18:23:00 Editado em 30.07.2021, 18:28:56
Imagen google News
Siga o TNOnline no Google News
Associe sua marca ao jornalismo sério e de credibilidade, anuncie no TNOnline.
Continua após publicidade

A aversão ao risco trazida pelas preocupações com o cenário fiscal continuou como principal fator de tensão no mercado de juros à tarde, quando as taxas acentuaram a alta e renovaram máximas em meio a ajustes antes do fim de semana e fatores técnicos relacionados ao encerramento do mês.

continua após publicidade

A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2022 encerrou em 6,320% (6,219% ontem no ajuste) e a do DI para janeiro de 2023, em 7,810% (7,57% ontem). A do DI para janeiro de 2025 subiu de 8,365% para 8,70% e a do DI para janeiro de 2027, de 8,723% para 9,04%.

A volta da discussão sobre o teto de gastos, exacerbada por declarações do ministro Paulo Guedes sobre o Bolsa Família no fim da manhã, levou os vencimentos longos a fecharem com alta de mais de 30 pontos-base, com ajuda do clima externo pesado.

continua após publicidade

O estresse começou logo na abertura com a informação trazida pelo Estadão/Broadcast de que a ala política do governo está propondo uma alteração na regra do teto para acomodar aumento de gastos com o programa ou então uso de recursos fora do limite. Uma elevação de até R$ 300 caberia na folga estimada pela área econômica - entre R$ 25 bilhões e R$ 30 bilhões para 2022 -, mas o problema é que há quem avalie que esse benefício precisa ser maior para evitar sensação de perda na população. Além disso, alguns fatores de risco podem reduzir o espaço, como a crise hídrica e a possibilidade de novos reajustes de energia, batendo na inflação que corrige benefícios pagos pelo governo.

Nem mesmo o reforço nas expectativas de que o ciclo de aperto monetário seja mais duro, com as principais instituições do mercado financeiro tendo hoje revisado para cima seus números, evitou o ganho de inclinação da curva em relação a ontem e também à última sexta-feira. Ante o fim de junho, contudo, houve ligeira desinclinação.

O diferencial entre as taxas para janeiro de 2022 e janeiro de 2027 ficou em 272 pontos, de 252 pontos ontem e 268 pontos na sexta passada. Um mês atrás, esse spread era maior, de 281 pontos, tendo sido pressionado para baixo nas últimas semanas pelas revisões para cima de inflação e Selic que adicionaram bastante prêmio à ponta curta.

Gostou desta matéria? Compartilhe!

Icone FaceBook
Icone Whattsapp
Icone Linkedin
Icone Twitter

Mais matérias de Economia

    Deixe seu comentário sobre: "Juros: Taxas disparam com risco ao teto imposto pela ala política do governo"

    O portal TNOnline.com.br não se responsabiliza pelos comentários, opiniões, depoimentos, mensagens ou qualquer outro tipo de conteúdo. Seu comentário passará por um filtro de moderação. O portal TNOnline.com.br não se obriga a publicar caso não esteja de acordo com a política de privacidade do site. Leia aqui o termo de uso e responsabilidade.
    Compartilhe! x

    Inscreva-se na nossa newsletter

    Notícia em primeira mão no início do dia, inscreva-se agora!