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Juros: receio com impacto fiscal de ajuda ao Rio Grande do Sul diminui e taxas caem

As taxas dos contratos de Depósito Interfinanceiro (DI) tentaram devolver todo o avanço registrado ontem, quando o mercado foi tomado por preocupações sobre os impactos econômicos e fiscais das enchentes no Rio Grande do Sul, mas caminham para terminar a

Gustavo Nicoletta (via Agência Estado)

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Escrito por Gustavo Nicoletta (via Agência Estado)
Publicado em 07.05.2024, 18:03:00 Editado em 07.05.2024, 18:07:59
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As taxas dos contratos de Depósito Interfinanceiro (DI) tentaram devolver todo o avanço registrado ontem, quando o mercado foi tomado por preocupações sobre os impactos econômicos e fiscais das enchentes no Rio Grande do Sul, mas caminham para terminar a sessão apenas em leve queda, refletindo a cautela dos investidores antes da decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, que será anunciada amanhã.

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Na segunda-feira os investidores estavam preocupados com o baixo grau de clareza em relação à estrutura dos auxílios financeiros do governo federal ao Rio Grande do Sul. Este receio foi mitigado pelo fato de o Planalto ter apresentado uma saída menos complexa, via projeto de decreto legislativo. Esta alternativa, que focaliza melhor os gastos, obteve o aval da Câmara dos Deputados, que aprovaram a proposta ontem à noite.

"Ninguém tinha falado ainda quais seriam as medidas, de onde sairiam os recursos. De ontem para hoje esse cenário ficou um pouco mais claro", afirmou Jefferson Lima, gestor da mesa de reais e juros da CM Capital.

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O alívio, no entanto, foi limitado, porque a solução encontrada retira as despesas de auxílio ao Rio Grande do Sul tanto do cômputo da meta fiscal quanto dos limites previstos por eventuais contingenciamentos. Além disso, a ajuda financeira ao Estado culminará num aumento da dívida pública.

"A maneira como foi aprovado, isso acabou tirando um pouco da questão de risco institucional", disse Camila Abdelmalack, economista-chefe da Veedha Investimentos. "Mas no final das contas, está aumentando o gasto e, frente a uma receita que não dá conta, leva à elevação do endividamento", acrescentou.

As taxas também reduziram o ritmo de queda diante da proximidade da decisão do Copom. O mercado continua enxergando como cenário mais provável o anúncio de um corte de 0,25 ponto porcentual na Selic, mas há uma parcela minoritária que espera o cumprimento do guidance dado pelo colegiado em março, de redução de 0,50 ponto porcentual.

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Abdelmalack diz haver argumentos que justificam o corte de 0,50 ponto, como a ausência de um forte distanciamento entre as expectativas e a meta de inflação, mas considera que a sinalização dada pela diretoria do Banco Central ao longo das últimas semanas direcionou o entendimento do mercado para um corte de 0,25, cenário esperado pela Veedha.

"A grande questão é a dissidência em relação à decisão deste mês", afirmou. Se a decisão não for unânime, pode voltar a ter esse debate no mercado", acrescentou.

A taxa do contrato de DI para janeiro de 2025 caiu a 10,210%, de 10,217% no ajuste de ontem. Na mínima da sessão, chegou a 10,165%. A taxa para janeiro de 2026 recuou a 10,425%, de 10,437%, enquanto a taxa para janeiro de 2027 teve queda a 10,730%, de 10,747%. A taxa para janeiro de 2029 encerrou a 11,200%, de 11,235%.

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