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Juros: governo central chancela queda do DI e taxas voltam a nível de 14%

Os juros futuros recuaram até 51 pontos, na mínima, e as taxas voltaram ao nível de 14% por toda a curva, em movimento respaldado por fatores domésticos. Pela tarde os números do Governo Central, melhores do que o esperado, complementaram o combo que já f

Caroline Aragaki (via Agência Estado)

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Escrito por Caroline Aragaki (via Agência Estado)
Publicado em 30.01.2025, 18:57:00 Editado em 30.01.2025, 19:05:22
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Os juros futuros recuaram até 51 pontos, na mínima, e as taxas voltaram ao nível de 14% por toda a curva, em movimento respaldado por fatores domésticos. Pela tarde os números do Governo Central, melhores do que o esperado, complementaram o combo que já fazia preço desde cedo: Copom considerado mais dovish; apoio do presidente Lula ao chefe da autoridade monetária, Gabriel Galípolo; dados do Caged mostrando um mercado de trabalho mais fraco; e o leilão de LTN e NTN-F do Tesouro com lotes e riscos menores.

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A taxa de depósito interfinanceiro (DI) para janeiro de 2026 caiu para 14,855%, de 15,214% no ajuste anterior. O DI para janeiro de 2027 tombou para 14,980%, de 15,392%, e o para janeiro de 2029 recuou para 14,865%, de 15,148% no ajuste de ontem.

"Parte do mercado se surpreendeu com o Banco Central um pouco mais dovish, olhando mais para o lado da atividade econômica do que para a inflação. Assim, mercado entende que o BC não vai chegar a uma Selic tão elevada, sob risco de gerar overkill da economia", comenta o gestor de renda fixa da Inter Asset, Ian Lima.

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Também pela manhã, o Caged mostrou que o mercado formal de trabalho do Brasil teve fechamento líquido de 535.547 empregos em dezembro, pior que o piso da pesquisa Projeções Broadcast, de encerramento de 487.116 vagas formais.

Lima considera que os dados do Caged "validaram a narrativa que está no comunicado do BC". Ontem a autarquia acrescentou no balanço de riscos a possibilidade de uma "eventual desaceleração da atividade econômica doméstica mais acentuada do que a projetada" como riscos para baixo à inflação.

Outro foco desta quinta-feira ficou nas declarações do presidente Lula, que reforçou ter "100% de confiança no trabalho do presidente do BC" após a alta de 1 ponto porcentual da Selic ontem, para 13,25%, que já estava contratada - via o forward guidance do BC na reunião de dezembro. O tom de Lula foi interpretado por operadores do mercado como mais suave e elogiado, por indicar a autonomia e independência política da autarquia.

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No período da tarde, as contas do Governo Central impulsionaram um fechamento ainda mais intenso da curva de juros, por virem melhores do que o esperado em duas frentes. O superávit primário de R$ 24,026 em dezembro veio próximo do teto das estimativas do Projeções Broadcast, que era de R$ 24,40 bilhões. Além disso, o déficit de R$ 43,004 bilhões em 2024 veio abaixo da mediana de -R$ 45,700 bilhões.

"Os dados do governo central mostram que houve um período de maior receita do que gasto, então mostra que, ao menos no curto prazo, houve alívio fiscal", avalia o analista do Valor Investimentos Charo Alves.

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