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Juros fecham em baixa com exterior, alívio no câmbio e otimismo sobre reformas

Os juros futuros fecharam a sexta-feira em queda firme, iniciada à tarde, após operarem em alta pela manhã. Na primeira etapa, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de outubro levemente acima da mediana das estimativas e a leitura ruim do

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 06.11.2020, 18:47:00 Editado em 07.11.2020, 17:48:59
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Os juros futuros fecharam a sexta-feira em queda firme, iniciada à tarde, após operarem em alta pela manhã. Na primeira etapa, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de outubro levemente acima da mediana das estimativas e a leitura ruim dos preços de abertura estimularam uma realização de lucros, também influenciada pela demora no desfecho da apuração dos votos na eleição americana. No fim da manhã, porém, os juros zeraram a alta e passaram a recuar na medida em que o dólar se firmava em baixa e Joe Biden ampliava sua vantagem ante Donald Trump em Estados-chave e, por aqui, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), sinalizava retomada da agenda de reformas na Casa na próxima semana.

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Ao longo da tarde, o ministro da Economia, Paulo Guedes, endossou a fala do deputado sobre a pauta econômica e, com o dólar acentuando as perdas, as taxas renovaram mínimas. A despeito da inflação em 12 meses já estar bem próxima da meta de 4% para este ano, a curva precifica aposta levemente majoritária na manutenção da Selic em 2% no Comitê de Política Monetária (Copom) de dezembro.

No fechamento da sessão regular, todas as taxas estavam nas mínimas, mas parte delas voltou na sessão estendida. A do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2022 fechou a estendida em 3,31%, na mínima, de 3,455% no ajuste anterior, e a do DI para janeiro de 2023 encerrou em 4,86%, de 5,036% no ajuste anterior. O DI para janeiro de 2025 terminou com taxa de 6,51% (6,665% na quinta) e a do DI para janeiro de 2027 passou de 7,424% para 7,25%.

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O mercado abriu testando uma realização de lucros já ensaiada desde a sessão estendida de quinta-feira, mas que teve pouco fôlego nesta sexta. "O IPCA pouco acima da mediana, num ambiente de cautela lá fora pela espera da apuração, acabou chamando uma correção", disse o estrategista-chefe do Banco Mizuho, Luciano Rostagno. Depois, comentou, veio o payroll com vagas de emprego acima do esperado nos EUA e Biden assumindo a liderança na contagem dos votos na Geórgia e Pensilvânia, o que lhe aproximava muito de vencer o pleito, o que começou a tirar pressão dos DIs.

Nas mesas, profissionais afirmam também que a curva nesta sexta-feira teve maior sensibilidade ao câmbio, que andou bem mais do que em outros emergentes, também porque, de acordo com eles, o dólar aqui teve uma "puxada" vista como exagerada, mesmo para um ambiente fiscal negativo. "O real mais apreciado implica em inflação menor e mais tranquilidade no pré. Hoje a moeda se valoriza mais de 2% e o resto não chega a 1%", disse um gestor.

O IPCA de outubro (0,86%) ficou acima da mediana estimada (0,84%) e com surpresa negativa na abertura - o indicador de difusão foi a 68,17%, segundo o Banco BV. Em 12 meses, a taxa acumulada já chega a 3,92%, perto da meta de 4% para 2020. Porém, e a despeito das várias revisões em alta para o índice fechado no ano, os analistas, de maneira geral, seguem avaliando que trata-se de um choque temporário e que não vai exigir atuação imediata do BC.

À tarde, as taxas aprofundaram a queda inicialmente com Maia sinalizando a retomada das votações de pautas relacionadas a reformas e ajuste fiscal no curto prazo. Depois, veio Guedes reforçando o viés otimista sobre a agenda liberal, o que sempre agrada ao mercado, ainda mais num dia em que o investidor está disposto a tomar risco. Na avaliação do ministro, o governo e o Congresso precisam aprovar o mais rápido possível o Pacto Federativo e, na medida do possível, outras reformas estruturais ainda em 2020.

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