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Juros: DIs curtos sobem com tarifas dos EUA contra México, Canadá e China

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A desinclinação na curva de juros perdurou no período da tarde. A confirmação pela Casa Branca de que as tarifas contra México, Canadá e China devem começar amanhã, 1º de fevereiro, puxou o vértice curto dos DIs. Já a ponta longa - que cedeu menos na véspera - passou boa parte do pregão com viés de baixa, amparada por um déficit um pouco menor do setor público consolidado, encerrando a sessão, por fim, perto do ajuste, com o mercado se preparando para retorno do Congresso na semana que vem. No pano de fundo, a Petrobras anunciou nesta sexta-feira um reajuste no diesel, mas o impacto direto para o IPCA tende a ser limitado, segundo economistas.

No balanço mensal, houve fechamento da curva. A taxa para janeiro de 2026 fechou 50 pontos-base, o para 2027, 92 pontos-base, e o para 2029, 98 pontos-base.

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Nesta sexta-feira, a taxa de depósito interfinanceiro (DI) para janeiro de 2026 subiu para 14,940%, de 14,860% no ajuste anterior, e o para janeiro de 2027 avançou a 15,035%, de 14,934%. Já o DI para janeiro de 2029 encerrou estável a 14,77%.

"Acho que tem um componente surpresa na decisão de EUA começarem a taxar México, Canadá e China neste sábado, o mercado vinha operando na expectativa de que o presidente Donald Trump fosse blefar e postergar o início das tarifas. Além disso, essas ações aumentam o risco de uma guerra comercial ampla e de uma escalada inflacionária nos próximos meses nos EUA", avalia o economista-chefe da Nova Futura, Nicolas Borsoi.

A ponta longa da curva de juros brasileira, contudo, passou boa parte do pregão com viés de baixa. "O movimento foi em função do resultado fiscal, com dívida pública menor", considera o economista-chefe da Equador Investimentos, Eduardo Velho.

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O setor público consolidado teve déficit primário de R$ 47,553 bilhões em 2024, um pouco menos negativo do que a mediana do Projeções Broadcast (-R$ 48,80 bilhões). Já a Dívida Bruta do Governo Geral (DBGG) como proporção do Produto Interno Bruto (PIB) passou de 77,7% em novembro para 76,1% em dezembro.

O mercado também focou na Pnad Contínua, que mostrou uma taxa de desocupação em 6,2% no trimestre encerrado em dezembro, no teto das previsões do Projeções Broadcast.

Para o diretor de Investimentos da Nomos, Beto Saadia, grande parte do alívio nos juros longos também se refere às expectativas para a eleição de 2026. "Há uma série de imbróglios em Brasília, segundo as últimas notícias, e a questão do mercado tentando aproveitar eventual burburinho de uma não reeleição de Lula faz até mais efeito do que esses dados micro", considera.

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Na próxima semana, o mercado ficará atento à retomada das atividades no Congresso e às eleições que resultarão na troca de comando nas duas casas.

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