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Juros caem com exterior, câmbio, de olho no projeto do ICMS e antes do IPCA-15

Inseridos no contexto global de risk on, os juros futuros fecharam o dia em queda, com exceção das taxas curtas, que terminaram quase estáveis - até estavam em baixa mais cedo, mas à tarde zeraram o recuo, com o mercado entrando em compasso de espera pelo

Denise Abarca (via Agência Estado)

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Escrito por Denise Abarca (via Agência Estado)
Publicado em 23.05.2022, 17:54:00 Editado em 23.05.2022, 17:58:10
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Inseridos no contexto global de risk on, os juros futuros fecharam o dia em queda, com exceção das taxas curtas, que terminaram quase estáveis - até estavam em baixa mais cedo, mas à tarde zeraram o recuo, com o mercado entrando em compasso de espera pelo IPCA-15 de maio, na terça-feira. A queda do dólar e o impacto favorável à inflação, se aprovado, do projeto que unifica a alíquota de cobrança do ICMS, que deve ser votado também na terça na Câmara, completam a lista dos fatores a influenciar as taxas.

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A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2023 fechou a sessão regular em 13,265%, de 13,274%% no ajuste de sexta-feira, e a do DI para janeiro de 2024 passou de 12,79% para 12,765%. O DI para janeiro de 2025 encerrou com taxa de 12,03%, de 12,089%, e o DI para janeiro de 2027, com taxa de 11,775%, de 11,859%.

O movimento da curva foi menos intenso que o dos demais ativos domésticos durante toda a sessão até porque as taxas de médio e longo prazos já vinham numa sequência firme de baixas na última semana. O corte de juro pela China na sexta-feira e, nesta segunda-feira, relatos de que o governo do país vai adotar medidas contundentes e direcionadas a sustentar a economia, como desonerações tributárias, animaram os investidores, amenizando um pouco as preocupações com a recessão global.

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No Brasil, desonerações tributárias também parecem ser a boia de salvação contra a escalada da inflação e, ao mesmo tempo, evitando que o aperto monetário sufoque a atividade. Por isso, o mercado acompanha com atenção o noticiário em torno do projeto do limite da cobrança de ICMS em 17% para os setores que mais estão pesando na inflação, como combustíveis e energia. Cálculos dos economistas apontam impacto de até -1,3 ponto porcentual no IPCA de 2022.

A proposta deve ser votada na terça na Câmara, mas o mercado já vinha desde a semana passada precificando a possibilidade de aprovação nos DIs e, principalmente, nas NTN-B, embora saiba também dos percalços.

"Tem impacto relevante na inflação, mas também no fiscal", disse o economista-chefe da Greenbay Investimentos, Flávio Serrano, lembrando que em 2021 os governos regionais arrecadaram R$ 420 bilhões com o ICMS, valor impulsionado justamente pelos preços que mais subiram nos últimos meses: energia e combustíveis.

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Na primeira reunião entre os economistas e diretores do Banco Central em São Paulo, a primeira sob o comando do novo diretor de Política Econômica da autarquia, Diogo Guillen, o tema central foram as expectativas para o crescimento.

Segundo fontes que acompanharam o encontro, as projeções para o PIB de 2022 já se aproximavam de 2,0%. Os cenários abordados destacaram a surpresa positiva com a atividade econômica do primeiro trimestre. Mas o quadro geral continua sendo de desaceleração da atividade a partir do segundo semestre, sobretudo devido aos impactos defasados da política monetária.

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