O ministro das Cidades, Jader Filho, disse nesta quarta-feira, 30, que a pasta está dialogando com o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para que o financiamento do Minha Casa, Minha Vida (MCMV) no próximo ano tenha R$ 130 bilhões, número um pouco maior que o disponibilizado neste ano pelo conselho curador do FGTS. A verba destinada para habitação em 2024 chegou a R$ 127,6 bilhões. "Estamos dialongando com o ministro Marinho", disse Jader Filho.
O ministro mencionou ainda que a pasta trabalha para superar a meta de contratação de dois milhões de moradias até 2026 dentro do MCMV. "Não trabalhamos com a meta só de 2 milhões de casas habitacionais, mas acima de 2 milhões", disse Jader Filho à imprensa após evento no Palácio do Planalto voltado à missão 3 da Nova Indústria Brasil (NIB), direcionada à infraestrutura.
No evento, o setor privado anunciou que haverá um volume de investimento até 2029 de R$ 1,05 trilhão nas áreas de moradia, infraestrutura e saneamento. A maior parte dos recursos será destinada a obras de mobilidade urbana, saneamento, aeroportos, ferrovias, rodovias e portos, entre outros, no valor de R$ 833 bilhões, além de R$ 222,5 bilhões para habitação e R$ 1,6 bilhão na produção de insumos.
Presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), Renato Correia afirmou que o número foi projetado considerando um adicional de R$ 220 bilhões em investimentos, além dos R$ 588 bilhões já previstos em cinco anos. Segundo ele, o incremento é gerado pelo avanço do MCMV e da melhoria do ambiente de negócios, resultado, por exemplo, do novo marco de garantias.
"O que é importante ressaltar é que os investimentos em infraestrutura tem crescido de maneira significativa e isso se deve a melhoria do ambiente de negócios, seja como a nova reforma tributária, seja em relação a como tratar a questão fiscal", disse também o presidente da Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base (Abdib), Venilton Tadini.
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