O nível da atividade econômica medido pelo Índice de Tendência Econômica da Facamp (ITE/FACAMP) caiu 0,2% na margem em maio, após subir 1,6% em abril, já descontados os efeitos sazonais. Na base interanual, porém, houve crescimento de 2,1% em maio.
Com o resultado, o índice acumula alta de 1,2% na média móvel trimestral.
O recuo da atividade na margem em maio refletiu a queda da produção industrial no período, especialmente dos segmentos ligados à indústria de transformação, além da estabilidade no volume de serviços, conforme destacou em nota a Facamp.
A instituição ainda destaca que essa desaceleração pelo lado da oferta pode ser reflexo da queda de gastos públicos, por conta do ajuste fiscal, além da interrupção do ciclo de quedas no juro básico, o que afeta a decisão de gastos das famílias e empresários.
"A busca pelo déficit primário zero, fomentada pela pressão do mercado, pode provocar forte contingenciamento de gastos e reversão da trajetória de queda da taxa de juros, frustrando a retomada dos investimentos e dificultando o crescimento da atividade econômica", disse em nota o professor da Facamp José Augusto Gaspar Ruas.
O ITE/FACAMP é calculado a partir do consumo de energia tomando informações públicas disponibilizadas pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). O ITE possui um coeficiente de correlação de Pearson (r) de 0,88 ante o IBC-br do Banco Central de abril de 2024. Em relação ao PIB, o coeficiente de correlação é de 0,80 no primeiro trimestre de 2024.
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