O Itaú Unibanco elevou nesta sexta-feira, 12, sua projeção para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deste ano e do seguinte. A expectativa para o IPCA fechado em 2024 passou de alta de 3,8% para 4,0%, enquanto a de 2025 saiu de 3,7% também para 4,0%.
A expectativa para o dado fechado deste ano incorpora parte dos efeitos da depreciação do câmbio em 2024 e ainda o reajuste de 7% de gasolina anunciado recentemente pela Petrobras, conforme o relatório assinado pelo economista-chefe do Itaú, Mario Mesquita.
Segundo o banco, o balanço de riscos para a projeção de IPCA segue assimétrico de alta. Conforme menciona, um câmbio ainda mais depreciado pode ter efeitos adicionais sobre alimentos e industriais. Além disso, o mercado de trabalho apertado pode se traduzir numa inflação de serviços subjacentes mais próxima de 6%, ante a estimativa do banco de 5,5% em 2024.
"Para piorar, um novo atraso na devolução dos choques dos preços de alimentos in natura pode levar nossa projeção de alimentos para próximo de 6% (vs. 5% no nosso cenário)", acrescenta. Em contrapartida, cita que o aumento do aporte da Eletrobras de forma a zerar as contas da covid e de escassez hídrica é um risco de baixa para nossa projeção.
Em relação à expectativa de IPCA do próximo ano - que passou de 3,7% para 4,0% -, o Itaú afirma que a estimativa considera o efeito do real mais depreciado recentemente e a inércia maior de 2024.
Assim como a projeção para a taxa de inflação deste ano, a expectativa para o dado de 2025 também tem risco de ser maior. Isso porque, explica, um real ainda mais fraco pode ter efeitos adicionais sobre a inflação do ano que vem. "Além disso, a resiliência do mercado de trabalho pode pressionar ainda mais a inflação de serviços", estima.
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