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IPCA-15 tem o recuo mais acentuado para setembro desde 1998

A queda de 0,37% registrada em setembro pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) foi o recuo mais acentuado para o mês desde 1998, quando tinha caído 0,44%, segundo os dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatí

Daniela Amorim (via Agência Estado)

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Escrito por Daniela Amorim (via Agência Estado)
Publicado em 27.09.2022, 10:28:00 Editado em 27.09.2022, 10:34:17
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A queda de 0,37% registrada em setembro pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) foi o recuo mais acentuado para o mês desde 1998, quando tinha caído 0,44%, segundo os dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em agosto de 2022, o IPCA-15 havia recuado 0,73%.

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O resultado de setembro de 2022 fez a taxa acumulada em 12 meses passar de 9,60% em agosto para 7,96%, a mais baixa desde maio de 2021, quando estava em 7,27%.

No mês de setembro de 2021, o IPCA-15 tinha subido 1,14%.

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Com o dado anunciado nesta terça-feira, o IPCA-15 acumulou um aumento de 4,53% no ano, de acordo com o IBGE.

Alimentação e Bebidas

Os gastos das famílias com alimentação e bebidas passaram de uma alta de 1,12% em agosto para uma redução de 0,47% em setembro, no âmbito do IPCA-15. O grupo Alimentação e Bebidas deu uma contribuição negativa de 0,10 ponto porcentual para o indicador do IBGE.

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A alimentação no domicílio caiu 0,86% em setembro. A queda foi puxada por recuos no óleo de soja (-6,50%), tomate (-8,04%) e, principalmente, leite longa vida (-12,01%). Apesar da redução em setembro, os preços do leite ainda acumulam uma alta de 58,19% no ano.

Na direção oposta, houve pressão de aumentos na cebola (11,39%), frango em pedaços (1,64%) e frutas (1,33%).

A alimentação fora do domicílio subiu 0,59% em setembro. O lanche aumentou 0,94% e a refeição fora de casa teve elevação de 0,36%.

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Transportes

De acordo com o IBGE, a redução nos preços dos combustíveis fez as famílias brasileiras gastarem menos com transportes em setembro. O grupo Transportes passou de uma queda de 5,24% em agosto para um recuo de 2,35% em setembro, dentro do IPCA-15.

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O grupo foi responsável por uma contribuição negativa de 0,49 ponto porcentual para a formação da taxa geral.

A deflação no grupo foi puxada pela queda de 9,47% no preço dos combustíveis. A gasolina caiu 9,78%, maior contribuição negativa para o IPCA-15 do mês, -0,52 ponto porcentual. Houve quedas também no etanol (-10,10%), gás veicular (-0,30%) e óleo diesel (-5,40%).

"Cabe ressaltar que houve redução no preço da gasolina vendida para as distribuidoras em R$ 0,18 por litro, em 16 de agosto, e R$ 0,25 por litro, em 2 de setembro", frisou o IBGE.

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O ônibus urbano ficou 0,08% mais barato, devido à redução dos preços das passagens aos domingos em Salvador (-0,82%), desde 11 de setembro.

Na direção oposta, as passagens aéreas subiram 8,20%. Houve altas ainda no seguro voluntário de veículo (1,74%), emplacamento e licença (1,71%) e conserto de automóvel (0,62%).

Comunicação

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O grupo de despesas com queda de preços mais intensa em setembro foi Comunicação, ao registrar recuo de 2,74%, segundo o IPCA-15. O grupo deu uma contribuição negativa de 0,14 ponto porcentual para a taxa geral.

A queda foi influenciada pela redução nos planos de telefonia fixa (-6,58%) e de telefonia móvel (-1,36%), mas também pelos pacotes de acesso à internet (-10,57%) e pelos combos de telefonia, internet e TV por assinatura (-2,72%). Além disso, redução queda nos preços dos aparelhos telefônicos (-0,99%).

"A Lei Complementar 194/22, sancionada no final de junho, fixou um limite para a alíquota máxima de ICMS sobre combustíveis, energia elétrica e comunicações", lembrou o IBGE.

Habitação

Os gastos das famílias brasileiras com Habitação passaram de uma redução de 0,37% em agosto para uma alta de 0,47% em setembro, uma contribuição positiva de 0,07 ponto porcentual para o IPCA-15 deste mês, informou o IBGE.

A alta no grupo em setembro foi puxada pelo encarecimento do gás de botijão (0,81%), aluguel residencial (0,72%) e energia elétrica (0,41%). Em Belém (10,52%), a tarifa de energia por kWh foi reajustada em 14,74%, a partir de 7 de agosto.

O gás encanado também subiu em setembro, 0,30%, em função de reajustes no Rio de Janeiro e em Curitiba.

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