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Investimentos e previsibilidade ficam comprometidos com decisão do CNPE, aponta Aprobio

A Associação dos Produtores de Biocombustíveis do Brasil (Aprobio) informou que o adiamento, por tempo incerto, da adoção do B15 (mistura de biodiesel no diesel fóssil em 15%) compromete investimentos e a previsibilidade para toda a cadeia de negócio. Em

Broadcast Agro (via Agência Estado)

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Escrito por Broadcast Agro (via Agência Estado)
Publicado em 18.02.2025, 14:17:00 Editado em 18.02.2025, 14:25:23
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A Associação dos Produtores de Biocombustíveis do Brasil (Aprobio) informou que o adiamento, por tempo incerto, da adoção do B15 (mistura de biodiesel no diesel fóssil em 15%) compromete investimentos e a previsibilidade para toda a cadeia de negócio. Em reunião realizada nesta terça-feira, 18, o Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) decidiu "comprometer o calendário de evolução da mistura do biodiesel ao diesel fóssil estabelecido em dezembro de 2023, aprovado no Programa Combustível do Futuro, que previa a adoção de 15% (B15), a partir do mês que vem", disse a Aprobio. "A mistura será mantida em 14% sem previsão de revisão, já que o tema será discutido na próxima reunião do Conselho, ainda sem data definida", acrescentou.

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O aumento estimado de R$ 0,01 teria sido o motivo para travar transição energética, que coloca um freio no avanço da economia verde e manda uma mensagem contrária à pauta da COP30 que será realizada no País.

O presidente do Conselho de Administração da Aprobio, Francisco Turra, declarou em comunicado que "parecia inconcebível ter uma quebra de compromisso estabelecidos pelo País nesse processo de transição energética a partir da aprovação do Combustível do Futuro, mas uma visão equivocada do impacto da evolução da mistura de biodiesel na inflação vai comprometer o desempenho em toda a cadeia produtiva, colocando em risco altos volumes de investimentos anunciados".

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O setor destacou que o valor do biodiesel está em queda em virtude da redução do valor do óleo de soja e da desvalorização do dólar. A Aprobio destacou que não há nenhum vínculo entre o aumento do uso de biodiesel e o preço do óleo de soja, mas há um impacto real da decisão nos planos de investimentos anunciados pelo setor produtivo, com reflexos para a agricultura familiar e para a competitividade dos preços de alimentos que dependem do farelo de soja para as rações animais.

"Não é possível afetar toda uma cadeia produtiva com 15 dias antes da decisão esperada de aumento de mistura. As empresas empenharam seus compromissos com aquisição de matéria-prima e prepararam a estrutura produtiva para uma ampliação de oferta em cerca de 7%, que, de uma hora para outra, é cancelada", explicou Turra.

"Não é o primeiro desafio enfrentado pelo setor em 20 anos de história e, mais uma vez, estará unido para reverter essa decisão em favor de um País mais saudável, reduzindo as condições de eventos climáticos extremos que tanto prejudicaram o País, com imensos prejuízos, e tantas vidas levaram", completou Turra.

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