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Integrante do BoE alerta sobre juros e prevê cortes a partir de 2023 ou 2024

Integrante do Comitê de Política Monetária (MPC, na sigla em inglês) do Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês), Silvana Tenreyro demonstrou postura cautelosa quanto ao aumento de juros no Reino Unido, durante discurso na Conferência Anual da Socied

Gabriel Caldeira (via Agência Estado)

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Escrito por Gabriel Caldeira (via Agência Estado)
Publicado em 11.11.2022, 12:24:00 Editado em 11.11.2022, 12:31:46
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Integrante do Comitê de Política Monetária (MPC, na sigla em inglês) do Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês), Silvana Tenreyro demonstrou postura cautelosa quanto ao aumento de juros no Reino Unido, durante discurso na Conferência Anual da Sociedade de Economistas Profissionais de Londres, realizada hoje. Para ela, o BoE já apertou a política monetária o suficiente para retornar a inflação à meta de 2% no médio prazo.

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Na reunião deste mês do MPC, "julguei que, no cenário mais provável, já havíamos feito o suficiente para trazer a inflação rapidamente de volta para, e depois abaixo da meta", avaliou a dirigente. Neste mês, o BoE optou por elevar a Taxa Bancária em 50 pontos-base, a 3,0%, enquanto Tenreyro votou para alta de 25 pontos-base por "gerenciamento de risco". Essa mentalidade de subir os juros para gerenciar o risco de que a inflação britânica demore a desacelerar deve perder força nas próximas reuniões monetárias, segundo ela, à medida que os juros altos começam a impactar mais o cenário macroeconômico.

Para Tenreyro, a maior parte dos efeitos da alta de juros acumulada no atual ciclo de aperto ainda serão sentidas pela economia, e o maior risco, no momento, é apertar a demanda mais do que o necessário e arriscar deixar a inflação abaixo da meta nos próximos anos. Por isso, Tenreyro vê a necessidade de começar a cortar juros a partir de 2024, ou até já no ano que vem, se a inflação reduzir mais rápido do que as atuais projeções do MPC indicam.

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Entre os fatores que podem puxar os preços para baixo, Tenreyro citou o setor de energia. "Os aumentos dos preços da energia pressionam a inflação no curto prazo. Mas a médio prazo, têm efeitos desinflacionários por meio de rendas reais mais baixas, menor demanda e maior desemprego", ponderou.

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