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Instabilidade externa e cautela interna inibem recuperação do Ibovespa

Sem muita convicção, os mercados internacionais tentam esboçar ânimo nesta terça-feira após a tensão da véspera, quando as bolsas caíram mundo afora, levando o Ibovespa a ceder 1,32%, para os 96.990,72 pontos. A preocupação em relação à retomada mundial c

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 22.09.2020, 11:41:00 Editado em 22.09.2020, 11:47:04
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Sem muita convicção, os mercados internacionais tentam esboçar ânimo nesta terça-feira após a tensão da véspera, quando as bolsas caíram mundo afora, levando o Ibovespa a ceder 1,32%, para os 96.990,72 pontos. A preocupação em relação à retomada mundial continua ecoando e sendo limitador de ganhos nas bolsas, diante de renovados temores com uma segunda onda de covid-19 especialmente na Europa. Às 11h26, O Ibovespa voltava a testar queda, de 0,17%, aos 96.821,22 pontos, após máxima aos 97.684,16 pontos e mínima aos 96.811, 61 pontos. Em Nova York, as bolsas retomavam as altas entre 0,19% e 0,52%.

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Até mesmo no Brasil, a ata do Copom da semana passada, quando a Selic foi mantida em 2,00% ao ano, ressaltou que a imprevisibilidade e os riscos associados à evolução da pandemia de covid-19 no Brasil podem levar a uma recuperação "ainda mais gradual" da economia. Com isso, as pressões desinflacionárias devem ter duração maior. Neste sentido, reforça, segundo economistas, a expectativa de juro inalterado por um bom tempo.

Para o economista-chefe da Necton Investimentos, André Perfeito, alguns fatores contribuem com essa visão de manutenção da taxa. "Dada a recuperação desigual da atividade, seria necessário certo estímulo continuado, o que faz com que a Selic fique baixa. No entanto, o colegiado do BC entende que o nível de juros atual já está próximo do limite de baixa uma vez que cortes adicionais poderiam criar volatilidade dos ativos. É um empate técnico por assim dizer entre estes dois fatores", observa em análise enviada a clientes e à imprensa.

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A retomada e os impactos da covid-19 foram abordados na 75ª Assembleia Geral da ONU pelo presidente Jair Bolsonaro. Ele iniciou seu discurso, na abertura do evento que será virtual este ano por causa da pandemia, falando da doença, da crise do desemprego provocada pela covid-19 e sobre as ações de sua gestões sobre o meio ambiente, sobretudo com relação às queimadas que vêm ocorrendo na Amazônia e no Pantanal. E com críticas à parte da imprensa que, nas suas palavras, politizaram a covid-19 e quase levaram o "caos social ao País".

O mercado agora espera o discurso do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos), Jerome Powell, que falará no Comitê de Serviços Financeiros da Câmara dos Representantes. Segundo o economista Silvio Campos Neto, sócio da Tendências Consultoria Integrada, os mercados devem avaliar o tom do discurso de Powell, entre as promessas de manutenção dos estímulos pelo tempo necessário e a percepção sobre o andamento da retomada.

Recentemente, lembra Campos Neto, o próprio presidente do Fed apontou incertezas sobre o ritmo da recuperação daqui para frente, algo corroborado por dados abaixo do esperado da indústria e varejo.

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Além da instabilidade externa, a queda do minério de ferro, negociado no porto chinês de Qingadao, de 2,10%, a US$ 117,30 a tonelada hoje, inibe recuperação firme do Ibovespa. As ações da Vale ON cediam, 0,23%. Na direção oposta, os contratos futuros do petróleo avançam, permitindo valorização em torno de 0,50% das ações da Petrobras.

A estatal ainda fica no foco do investidor após confirmar que a Ultrapar Participações, um consórcio liderado pela Raízen e a China Petroleum & Chemical Corporation (Sinopec) estão entre os participantes da etapa vinculante para aquisição da Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar).

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