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Inglaterra é o 1º país rico a subir juro para conter inflação

O Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês) deu nesta quinta, 16, o pontapé inicial em um movimento que pode chegar a outros bancos centrais de países ricos e ter impacto direto nos emergentes, como o Brasil. Com a inflação em patamares elevados para

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 17.12.2021, 08:03:00 Editado em 17.12.2021, 08:08:14
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O Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês) deu nesta quinta, 16, o pontapé inicial em um movimento que pode chegar a outros bancos centrais de países ricos e ter impacto direto nos emergentes, como o Brasil. Com a inflação em patamares elevados para os padrões locais, hoje na casa dos 5% ao ano, o BoE elevou a taxa básica de juros de 0,10% para 0,25% ao ano.

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Pode até não parecer muito, mas o sinal é inequívoco. A inflação preocupa e será necessário algum freio na atividade econômica para que volte à meta de 2%. Na quarta-feira, 15, o Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) já havia dado uma indicação nesse sentido, ao apontar para pelo menos três aumentos na sua taxa de juros em 2022.

Já o Banco Central Europeu (BCE) decidiu, ontem, manter inalterada a sua taxa, em -0,5%. Mas anunciou também o início da redução do ritmo de compra de ativos a partir do próximo trimestre, finalizando até março de 2022 o programa emergencial de estímulos à economia montado no ano passado para reduzir os efeitos da pandemia da covid-19.

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No caso da Inglaterra, a decisão de elevar os juros leva em conta o avanço dos preços. Os analistas do BoE projetam que a inflação ficará em cerca de 5% ao longo da maior parte do inverno britânico, atingindo pico de 6% em abril de 2022. O banco prevê que as métricas inflacionárias continuarão subindo nos próximos meses, impulsionadas sobretudo por energia, mas projeta desaceleração no segundo semestre do ano que vem.

Surpresa

Embora alguns analistas cogitassem o aumento de juros, o mercado como um todo esperava que a taxa básica fosse mantida em 0,1%, por conta do impacto da variante Ômicron da covid no Reino Unido. O país voltou a endurecer restrições à mobilidade e registrou alta de casos.

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A instituição cortou a previsão para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) britânico de 1% para 0,5% no quarto trimestre ante o anterior, citando o efeito da Ômicron.

Emergentes como o Brasil sofrem impacto

Taxas de juros mais atrativas nos países desenvolvidos, como a anunciada ontem pelo Banco da Inglaterra, significam que os países emergentes, como o Brasil, terão mais dificuldade de atrair dinheiro de investidores, que sempre vão preferir a segurança maior proporcionada pelos países com economia mais estável.

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Com isso, os emergentes precisam subir ainda mais as suas taxas, para se tornar mais competitivos. Mas taxas de juros mais altas comprometem o desempenho interno: investimentos ficam mais caros, dívida pública sobe, e a tendência da economia é recuar.

A favor dos emergentes, há a posição mais cautelosa do Banco Central Europeu. A presidente do Banco, Christine Lagarde, disse ontem ser improvável que o BC aumente juros em 2022, e que nem tudo que acontecerá no Fed (o banco central dos Estados Unidos) será replicado pelo BCE. Segundo ela, a manutenção das taxas é essencial para garantir a estabilização da inflação. Lagarde destacou que o BCE espera que a inflação atinja a meta no médio prazo, e que vai se esforçar para que isso aconteça.

"A acomodação monetária ainda é necessária para que a inflação se estabilize em nossa meta de inflação de 2% no médio prazo. Dadas as atuais incertezas, precisamos manter a flexibilidade e a opcionalidade na condução da política monetária", disse ela, em discurso após decisão de política monetária do BCE. Sobre o cenário atual, destacou que há incertezas sobre o impacto da variante Ômicron na Europa.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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