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Inflação dos EUA voltará à meta, aconteça o que for, afirma dirigente do Fed

O presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) de Chicago, Austan Goolsbee, enfatizou nesta quinta-feira, 28, que a inflação nos Estados Unidos voltará à meta de 2% do Fed "aconteça o que acontecer", e acrescentou que ela ainda pre

Gabriel Bueno da Costa (via Agência Estado)

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Escrito por Gabriel Bueno da Costa (via Agência Estado)
Publicado em 28.09.2023, 11:31:00 Editado em 28.09.2023, 12:09:18
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O presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) de Chicago, Austan Goolsbee, enfatizou nesta quinta-feira, 28, que a inflação nos Estados Unidos voltará à meta de 2% do Fed "aconteça o que acontecer", e acrescentou que ela ainda precisa diminuir. Em discurso no Peterson Institute for International Economics, ele destacou como o quadro atual na economia americana difere dos padrões históricos.

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Com direito a voto nas decisões de política monetária neste ano, Goolsbee comparou o cenário dos últimos anos com a "visão tradicionalista". Para esta, por exemplo, conter a inflação elevada seria possível apenas com uma grande recessão. Mas o dirigente argumentou que, no quadro recente, acreditar muito fortemente na inevitabilidade de uma escolha entre inflação e desemprego "vem com um risco sério de um erro na política de curto prazo.

O dirigente notou que, nos dados recentes, o Produto Interno Bruto (PIB) não recua como na média histórica em quadros de desaceleração, o emprego está mais forte e a inflação começou a desacelerar antes, mas ainda segue mais forte que o desejado pelo Fed.

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Ao analisar as fontes de inflação, Goolsbee disse que os preços saltaram pelo mundo, inclusive em locais com respostas fiscais distintas à pandemia. Na visão dele, os fatores principais para a inflação estão relacionados à covid-19.

Ele notou que houve choques negativos à oferta, bem como composições não habituais na demanda. Além das dificuldades do lado da oferta, ocorreu redução na oferta de trabalho com a pandemia, diante da redução na participação na força de trabalho, especialmente entre mulheres e no grupo que estava prestes a se aposentar.

Goolsbee avaliou que boa parte da inflação ocorre diante de problemas no canal da oferta. Segundo ele, "felizmente" agora esses choques na oferta e distorções na demanda têm diminuído de modo constante, o que ajuda a conter a inflação. Ele também destacou que houve crescimento na oferta de trabalho, em parte pela retomada das imigrações.

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O dirigente afirmou que, no quadro atual, as expectativas de inflação ficaram bem ancoradas, em comparação com episódios anteriores de inflação elevada. Ele ainda disse que manter a credibilidade é crucial, por isso considera "muito arriscadas" propostas recentes para mudar a meta de inflação do BC americano.

Goolsbee vê riscos no cenário, como os preços do petróleo e a desaceleração na China. Agora, disse estar atento à inflação no setor imobiliário, e comentou que é crucial haver mais progresso nessa frente nos próximos trimestres. A autoridade também mencionou o crescimento da produtividade como um de seus focos.

Sobre os salários, recomendou que não se fique "obcecado" com a trajetória de curto prazo dos salários reais. No curto prazo, os salários tendem a ser mais persistentes que os preços, destacou. Ele disse que obviamente a trajetória dos salários é importante, mas vincular a política monetária a esse fator acarreta o risco de fazer demais no aperto.

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