A inflação de serviços - usada como termômetro de pressões de demanda sobre os preços - passou de um aumento de 0,10% em março para uma alta de 0,05% em abril, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os dados são do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
"No mês de abril, a demanda por serviços turísticos é mais baixa em relação ao início do ano, meses de férias, meses de verão. Pode ser um fator que explica a queda em itens de turismo", disse André Almeida, gerente do Sistema Nacional de Índices de Preços do IBGE.
Já os preços de itens monitorados pelo governo saíram de alta de 0,25% em março para aumento de 0,74% em abril.
No acumulado em 12 meses, a inflação de serviços passou de 5,09% em março para 4,60% em abril, a mais baixa desde setembro de 2021, quando estava em 4,41%. Segundo Almeida, a inflação de serviços vem desacelerando desde meados de 2022.
"A gente tem trajetória de desaceleração da inflação de serviços já consolidada desde o ano passado, isso permanece em 2024", lembrou o pesquisador. "Embora a gente tenha observado essa desaceleração da inflação de serviços, ela permanece acima da inflação geral em 12 meses", ponderou.
O IPCA acumulado nos 12 meses terminados em abril foi de 3,69%.
A inflação de monitorados em 12 meses saiu de 6,39% em março para 6,26% em abril.
"O que ajudou a puxar a inflação no mês de abril foram os monitorados e os alimentos", ressaltou Almeida.
O IPCA do mês acelerou de 0,16% em março para 0,38% em abril.
"Os fatores que influenciaram para essa aceleração em abril foram os medicamentos e também os alimentos", confirmou.
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