A inflação de serviços - usada como termômetro de pressões de demanda sobre os preços - passou de um aumento de 0,75% em julho para uma alta de 0,24% em agosto, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os dados são do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
Após uma alta da demanda durante as férias de julho, alguns itens de turismo registraram queda de preços em agosto, como passagens aéreas, pacote turístico e aluguel de veículo.
"Houve quedas de passagens aéreas e outros serviços de características turísticas, tradicionalmente mais demandados em meses de férias, em que as pessoas viajam mais e demandam mais esse tipo de serviço", justificou André Almeida, gerente do Sistema Nacional de Índices de Preços do IBGE.
Os preços de itens monitorados pelo governo saíram de alta de 1,08% em julho para recuo de 0,12% em agosto.
No acumulado em 12 meses, a inflação de serviços passou de 5,01% em julho para 5,18% em agosto, a mais elevada desde fevereiro de 2024, quando era de 5,25%.
Quanto à resistência da inflação de serviços acumulada em 12 meses, Almeida diz que a demanda é um dos fatores que pode influenciar o comportamento dos preços do setor, assim como o aumento de custos.
"O que a gente tem é um maior emprego no País, o PIB com uma alta. São fatores que podem contribuir com alguma demanda, mas a gente tem que esperar para ver como vai se refletir nos índices de preços, tem que observar", ponderou o pesquisador.
A inflação de monitorados em 12 meses saiu de 7,04% em julho para 5,58% em agosto, a mais baixa desde julho de 2023, quando estava em 3,64%.
O IPCA de agosto ficou em -0,02%. A taxa acumulada nos 12 meses terminados em agosto foi de 4,24%.
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