O recuo de 0,4% na indústria de São Paulo em março ante fevereiro foi a segunda queda consecutiva na produção local. Os dados são da Pesquisa Industrial Mensal divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Nos últimos quatro meses, na série com ajuste sazonal, a produção industrial paulista teve retração em três: dezembro de 2023 (-1,7%); fevereiro (-0,2%); e março (-0,4%), sendo janeiro a exceção, com alta de 1,0%.
A indústria de São Paulo responde por cerca de um terço de toda a produção industrial nacional.
Na média global, a indústria brasileira cresceu 0,9% em março ante fevereiro, com avanço concentrado em apenas cinco das 15 regiões pesquisadas.
Destaque para os desempenhos do Pará (alta de 3,8%, após uma redução acumulada de 7,9% nos dois meses anteriores de quedas na produção), Mato Grosso (aumento de 2,5%, eliminando parte da queda de 3,6% verificada no mês anterior) e Santa Catarina (alta de 2,3%, após acumular perda de 3,6% nos dois primeiros meses do ano).
Dez locais investigados registraram perdas em março ante fevereiro. "Observamos que mesmo com uma política monetária um tanto expansionista, com corte na taxa de juros e número de contratações aumentando um pouco, ainda temos um cenário de conjuntura que se reflete na cadeia produtiva. Por mais que a taxa de juros tenha sofrido cortes, observamos ainda patamares elevados, o que relativamente nos dá uma linha de crédito menos encarecida, mas ainda estreita, devido a juros em patamares elevados, o que acarreta certa cautela na produção industrial", justificou Bernardo Almeida, analista da pesquisa do IBGE, em nota oficial.
Os impactos negativos mais intensos em março foram do Paraná (-13,0%, eliminando o avanço de 3,9% acumulado nos dois meses anteriores) e Amazonas (-13,9%, após um ganho de 35,9% acumulado em três meses consecutivos de crescimento).
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