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Índice de Preços de Alimentos da FAO sobe 3,9% em fevereiro e atinge recorde

O Índice de Preços de Alimentos da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) alcançou média de 140,7 pontos em fevereiro de 2022, alta de 5,3 pontos (3,9%) ante janeiro e 20,7 pontos (24,1%) acima do nível do ano anterior. O resul

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 04.03.2022, 16:53:00 Editado em 04.03.2022, 17:00:08
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O Índice de Preços de Alimentos da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) alcançou média de 140,7 pontos em fevereiro de 2022, alta de 5,3 pontos (3,9%) ante janeiro e 20,7 pontos (24,1%) acima do nível do ano anterior. O resultado mensal, segundo a FAO, representa um novo recorde histórico, superando a máxima de fevereiro de 2011 em 3,1 pontos.

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A alta foi liderada pelos aumentos dos subíndices de preços de óleos vegetais e laticínios. Os preços dos cereais e da carne também subiram, enquanto o subíndice de preços do açúcar caiu pelo terceiro mês consecutivo.

O subíndice de preços dos cereais registrou média de 144,8 pontos em fevereiro, um aumento de 4,2 pontos (3,0%) em relação a janeiro e 18,7 pontos (14,8%) ante o ano anterior. Segundo a organização, os preços de todos os principais cereais aumentaram em relação aos respectivos valores do mês passado. "Os preços mundiais do trigo aumentaram 2,1%, refletindo em grande parte as novas incertezas da oferta global em meio a interrupções na região do Mar Negro que podem prejudicar as exportações da Ucrânia e da Rússia, dois grandes exportadores do cereal", destacou a FAO.

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Os preços globais do milho aumentaram 5,1% em relação ao mês anterior, sustentados por uma combinação de preocupações contínuas com as condições das safras na Argentina e no Brasil, aumento dos preços do trigo e incerteza quanto às exportações de milho da Ucrânia, um grande exportador. Os preços de exportação do sorgo e da cevada também se firmaram na comparação mensal, ganhando 5,9 e 2,7%, respectivamente.

O levantamento mensal da FAO também apontou que o subíndice de preços dos Óleos Vegetais registrou média de 201,7 pontos em fevereiro, um aumento de 15,8 pontos (8,5%) ante janeiro, marcando um novo recorde. Os ganhos foram sustentados principalmente pelo aumento dos preços do óleo de palma, soja e girassol.

"Em fevereiro, os preços internacionais do óleo de palma aumentaram pelo segundo mês consecutivo devido à demanda global sustentada de importação que coincidiu com a redução das disponibilidades de exportação da Indonésia, o maior exportador mundial de óleo de palma. Enquanto isso, os valores mundiais do óleo de soja continuaram a subir com a deterioração das perspectivas de produção de soja na América do Sul", apontou a FAO, acrescentando que os preços internacionais do óleo de girassol também aumentaram acentuadamente, sustentados por preocupações com as perturbações na região do Mar Negro, que poderiam reduzir as exportações. A alta dos preços do petróleo também deu suporte ao mercado de óleos vegetais.

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Na sondagem mensal da FAO, o subíndice de preços das Carnes apresentou média de 112,8 pontos em fevereiro, alta de 1,2 ponto (1,1%) em relação ao mês anterior e 15 pontos (15,3%) acima do mês correspondente do ano anterior. Em fevereiro, as cotações internacionais de carne bovina atingiram um novo recorde, impulsionadas pela forte demanda global de importação em meio à oferta restrita de gado pronto para abate no Brasil e à alta demanda por reconstrução de rebanho na Austrália. "Os preços da carne suína também subiram, refletindo o aumento da demanda interna e a redução da oferta de suínos na União Europeia e nos Estados Unidos. As cotações de carne ovina enfraqueceram pelo quarto mês consecutivo devido à alta oferta exportável na Oceania. Enquanto isso, os preços da carne de frango caíram ligeiramente devido à redução das importações da China após o fim do Festival da Primavera e à menor demanda doméstica no Brasil", destaca a FAO.

O subíndice de preços de Laticínios registrou média de 141,1 pontos em fevereiro, alta de 8,5 pontos (6,4%) em relação a janeiro, marcando o sexto aumento mensal consecutivo, e colocando o índice 28 pontos (24,8%) acima de seu valor no mês correspondente do ano passado. Em fevereiro, as cotações internacionais de todos os produtos lácteos representados no índice se firmaram, sustentadas pelo contínuo aperto dos mercados globais devido à oferta de leite abaixo do esperado na Europa Ocidental e Oceania.

"Além da oferta global apertada, a demanda persistente de importação, especialmente do norte da Ásia e do Oriente Médio, levou a aumentos acentuados nas cotações de leite em pó e queijos integrais", informou a organização.

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Ainda segundo o levantamento, os preços internacionais do leite em pó desnatado também aumentaram significativamente, refletindo um menor volume de entregas de leite para plantas de secagem na Europa Ocidental, enquanto os preços da manteiga foram impulsionados pela alta demanda por suprimentos.

A FAO ainda registrou média de 110,6 pontos em fevereiro para o subíndice de preços do Açúcar. Queda de 2,1 pontos (1,9%) em relação a janeiro, marcando a terceira queda mensal consecutiva e atingindo seu nível mais baixo desde julho de 2021.

"Perspectivas de produção favoráveis nos principais países exportadores, notadamente Índia e Tailândia, juntamente com melhores condições de crescimento no Brasil, continuaram a pesar sobre os preços mundiais do açúcar", ressaltou a FAO.

A organização ainda destacou que os preços do etanol no Brasil caíram pelo terceiro mês consecutivo em fevereiro devido à redução da demanda doméstica, pressionando ainda mais os preços mundiais do açúcar. "No entanto, o fortalecimento do real brasileiro em relação ao dólar americano, que tende a restringir os embarques do Brasil, o maior exportador mundial de açúcar, impediu quedas mais substanciais dos preços da commodity", aponta a entidade.

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