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Índice de Preços de Alimentos da FAO sobe 2% em outubro e alcança maior nível em 1 ano e meio

O Índice de Preços de Alimentos da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) de outubro subiu 2% em relação ao mês anterior, alcançando o maior nível desde abril de 2023. A média ficou em 127,4 pontos no décimo mês do ano, impulsi

Ana Ritti (via Agência Estado)

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Escrito por Ana Ritti (via Agência Estado)
Publicado em 08.11.2024, 09:44:00 Editado em 08.11.2024, 09:52:16
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O Índice de Preços de Alimentos da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) de outubro subiu 2% em relação ao mês anterior, alcançando o maior nível desde abril de 2023. A média ficou em 127,4 pontos no décimo mês do ano, impulsionada por ganhos em todas as commodities analisadas, com exceção das carnes. O índice de outubro deste ano ficou 5,5% acima do registrado em período equivalente de 2023, mas ficou 20,5% abaixo do pico de 160,2 pontos alcançado em março de 2022.

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O subíndice de preços dos Cereais registrou média de 114,4 pontos em outubro, alta de 0,9 ponto (0,8%) ante setembro, mas ainda 10,3 pontos (8,3%) abaixo de outubro de 2023.

Os preços do trigo subiram com o clima desfavorável para as safras de inverno no Hemisfério Norte, como na União Europeia, Rússia e EUA. Além disso, a reintrodução de um piso de preço não oficial na Rússia e as tensões no Mar Negro deram suporte. Para o milho, os preços foram impulsionados pela forte demanda doméstica no Brasil e pelos desafios de transporte no País com os baixos níveis dos rios. As condições secas que impediram o plantio na Argentina e a demanda constante por milho ucraniano também contribuíram.

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Entre outros grãos, os preços da cevada aumentaram, enquanto do sorgo caíram. O Índice de Preços de Arroz da FAO caiu 5,6% em outubro.

O levantamento mostrou, ainda, que o subíndice de preços dos Óleos Vegetais teve média de 152,7 pontos no mês passado, alta de 10,4 pontos (7,3%) ante setembro, e alcançando o nível mais alto em dois anos. Segundo a FAO, os preços do óleo de palma subiram pelo quinto mês seguido, com temores de produção menor que o esperado e possíveis declínios sazonais de produção no Sudeste Asiático. Da mesma forma, os preços do óleo de girassol e colza continuaram a subir, sustentados por perspectivas de oferta moderada em virtude da menor produção em 2024/25. Já os preços do óleo de soja aumentaram com a demanda global firme em meio a oferta limitada de óleos vegetais alternativos.

O subíndice de preços da Carne da FAO teve média de 120,4 pontos em outubro, ligeira baixa de 0,3% ante setembro, mas alta de 8,4 pontos (7,5%) ante o valor de 2023. A carne suína teve queda com o aumento do abate na Europa Ocidental, em meio à fraca demanda doméstica e estrangeira. Os preços da carne de aves caíram ligeiramente, com maiores ofertas dos principais produtores globais. Já os preços da carne ovina permaneceram estáveis. Em contraste, as cotações para carne bovina aumentaram moderadamente, sustentadas por compras internacionais mais fortes.

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O relatório mostrou, ainda, que o subíndice de preços de Lácteos teve média de 139,1 pontos em outubro, alta de 2,5 pontos (1,9%) ante setembro e 24,5 pontos (21,4%) acima do valor de um ano atrás. A FAO disse que o queijo registrou o maior aumento, com a disponibilidade limitada em meio a fortes vendas internas, especialmente na União Europeia. Além disso, os preços da manteiga aumentaram em pelo décimo terceiro mês consecutivo, com a alta demanda interna, estoques limitados e produção de leite sazonalmente baixa na Europa Ocidental. Em contraste, as cotações de leite em pó, especialmente leite em pó desnatado, caíram com a maior produção de leite na Oceania e a fraca demanda global.

De acordo com a FAO, o subíndice de preços do Açúcar teve média de 129,6 pontos no mês passado, avanço de 3,3 pontos (2,6%) ante setembro, mas 29,6 pontos (18,6%) abaixo de 2023. O avanço mensal ocorreu com preocupações persistentes com a perspectiva de produção de 2024/25 no Brasil, após um período prolongado de condições climáticas secas, disse a FAO. Preços maiores do petróleo, que estimulam um maior uso da cana-de-açúcar para a produção de etanol no Brasil, contribuíram para a alta. Contudo, o enfraquecimento do real ante o dólar e a melhoria da precipitação nas principais áreas de cultivo no Brasil no final de outubro limitaram o aumento geral dos preços mundiais do açúcar.

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