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Índice de Preços de Alimentos da FAO recua pelo 11º mês consecutivo em fevereiro

O Índice de Preços de Alimentos da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) alcançou média de 129,8 pontos em fevereiro, queda de 1,4 pontos (0,6%), em relação ao mês anterior. O resultado mensal, segundo a FAO, faz parte de uma

Audryn Karolyne (via Agência Estado)

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Escrito por Audryn Karolyne (via Agência Estado)
Publicado em 03.03.2023, 10:37:00 Editado em 03.03.2023, 10:43:31
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O Índice de Preços de Alimentos da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) alcançou média de 129,8 pontos em fevereiro, queda de 1,4 pontos (0,6%), em relação ao mês anterior. O resultado mensal, segundo a FAO, faz parte de uma sequência de baixa de 11 meses consecutivos. O índice já caiu 29,9 pontos (18,7%) em relação ao pico atingido em março de 2022.

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"A queda marginal em fevereiro refletiu baixas significativas nos índices de preços de óleos vegetais e laticínios, juntamente com índices de cereais e carnes ligeiramente mais baixos, mais do que compensando um aumento acentuado no índice de preços do açúcar", justificou a FAO em seu relatório.

O subíndice de preços dos Cereais registrou média de 147,3 pontos em fevereiro, apenas 0,1 pontos (0,1%) abaixo de janeiro e 2 pontos (1,4%) maior do que seu nível há um ano. No caso do milho, os preços subiram apenas 0,1 pontos.

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"O apoio decorreu da piora das condições na Argentina e atrasos no plantio da segunda safra de milho, juntamente com um forte ritmo de exportação no Brasil, enquanto a baixa demanda por suprimentos dos Estados Unidos pesou nos preços de exportação", informou a FAO.

Quanto ao trigo, os preços subiram após três meses consecutivos de queda, em virtude das condições de seca em áreas produtoras dos Estados Unidos e uma demanda fortalecida por suprimentos na Austrália, enquanto a forte concorrência entre os exportadores ajudou a limitar os ganhos. Os preços do sorgo, do milho e da cevada registraram queda no mês.

O levantamento mensal da FAO também apontou que o subíndice de preços dos Óleos Vegetais registrou média de 135,9 pontos em fevereiro, caindo 4,5 pontos (ou 3,2%) em relação a janeiro e marcando o nível mais baixo desde o início de 2021. Segundo a FAO, a queda refletiu os preços mundiais mais baixos dos óleos de palma, soja, girassol e colza.

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Na sondagem mensal da FAO, o subíndice de preços das Carnes apresentou média de 112 pontos em fevereiro, queda de 0,1 pontos (0,1%) em relação a janeiro, sendo este seu oitavo declínio mensal consecutivo e 1,9 pontos (1,7%) abaixo do nível do ano anterior.

Conforme a FAO, a carne de frango caiu pelo oitavo mês consecutivo, "refletindo a oferta global abundante em comparação com a demanda de importação mais fraca, apesar dos surtos de gripe aviária em vários dos principais países produtores", disse a FAO. Em contrapartida, os preços da carne suína subiram, enquanto os preços da carne bovina e ovina mantiveram-se estáveis.

O subíndice de preços de Laticínios, por sua vez, registrou média de 131,3 pontos em fevereiro, 3,6 pontos (2,7%) abaixo de janeiro e ficando 10,2 pontos (7,2%) abaixo do mês correspondente no ano passado. A queda em janeiro refletiu a queda nos preços internacionais da manteiga e do leite em pó. "Em fevereiro, o declínio no índice foi impulsionado pelos preços mais baixos de todos os produtos lácteos, com as quedas mais acentuadas na manteiga e no leite em pó desnatado", mostrou o relatório.

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A FAO calculou, ainda, que o subíndice de preços do Açúcar ficou, em média, em 124,9 pontos em fevereiro, alta de 8,1 pontos (6,9%) em relação a janeiro, atingindo o nível mais alto desde fevereiro de 2017.

A recuperação foi impulsionada pela revisão para baixo da previsão de produção de açúcar de 2022/23 na Índia, em um ambiente de forte demanda de importações. No entanto, fatores como o bom andamento da colheita na Tailândia, as chuvas abundantes em regiões produtoras brasileiras e a queda no petróleo e no etanol do Brasil impediram um aumento mais acentuado, concluiu a FAO.

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