O Indicador de Incerteza da Economia Brasileira (IIE-Br) recuou 2,5 pontos em agosto em relação a julho, para 107,8 pontos, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV), patamar considerado uma incerteza moderada. Na métrica de médias móveis trimestrais, o indicador caiu 1,7 ponto, para 109,6 pontos.
"Com o resultado de agosto, o IIE-Br registra a terceira queda seguida, retornando ao patamar mais confortável de incerteza, abaixo dos 110 pontos. O componente de Mídia foi o responsável pela queda no mês, motivado pela redução das incertezas fiscais e a continuidade de resultados favoráveis da atividade econômica. Em sentido oposto, o componente de Expectativas acumula a quarta alta consecutiva, com aumento da dispersão nos cenários futuros dos especialistas para a taxa de juros Selic e o câmbio", avaliou em nota a economista do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), Anna Carolina Gouveia.
O IIE-Br é formado por dois componentes: o IIE-Br Mídia, que faz o mapeamento nos principais jornais da frequência de notícias com menção à incerteza; e o IIE-Br Expectativa, que é construído a partir das dispersões das previsões para a taxa de câmbio e para o IPCA.
O componente de Mídia caiu 3,7 pontos em agosto, para 106,1 pontos, menor nível desde março deste ano, e contribuiu negativamente com 3,2 pontos para o IIE-Br do mês. O componente de Expectativas subiu 3,5 pontos, para 111,4 pontos, a quarta alta seguida e o maior nível desde junho do ano passado (116,8 pontos), contribuindo com 0,7 ponto para o resultado do IIE-Br.
A coleta do Indicador de Incerteza da Economia brasileira é realizada entre o dia 26 do mês anterior ao dia 25 do mês de referência (agosto).
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