A Espanha ficará sem direito a voto na reunião de desta quinta-feira, 18, do Banco Central Europeu (BCE), em meio ao impasse político que trava a indicação à presidência do BC do país.
O mandato do antigo título do cargo, Pablo Hernández de Cos, terminou em junho. Para substituí-lo, o primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, estuda nomear o ministro de Transformação Digital e Serviço Civil, José Luis Escrivá.
O nome gerou críticas entre figuras da oposição e economistas, que temem influência política na autoridade monetária. Escrivá é aliado de Sánchez e já ocupou várias posições durante o governo do premiê.
Em entrevista coletiva na semana passada, Sánchez defendeu as credenciais de Escrivá, embora não tenha formalizado a indicação. "Creio que haja poucas pessoas na Espanha com conhecimento de política monetária que José Luis Escrivá tem", afirmou, às margens da cúpula da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) em Washington D.C.
Com a presidência do BC espanhol vaga, o país será representado pela vice-presidente da instituição, Margarita Delgado, na reunião do BCE desta quinta. No entanto, Delgado não terá direito a voto, de acordo com múltiplos veículos da imprensa estrangeira.
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