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Ibovespa tenta alta com petróleo, mas indefinição externa limita

O Ibovespa começou o pregão em alta, após três fechamentos seguidos de baixa, seguindo o cenário menos turbulento dos mercados de ações na Europa e nos Estados Unidos, que também tentam recuperação. "A possibilidade de emissão de títulos pela União Europe

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 08.03.2022, 11:30:00 Editado em 08.03.2022, 11:36:04
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O Ibovespa começou o pregão em alta, após três fechamentos seguidos de baixa, seguindo o cenário menos turbulento dos mercados de ações na Europa e nos Estados Unidos, que também tentam recuperação. "A possibilidade de emissão de títulos pela União Europeia para financiar gastos com energia deixa o mercado mais aliviado. Além disso, corredores abertos pela Rússia em cidades ucranianas para saída de pessoas também ajudam", avalia Viviane Vieira, operadora de renda variável da B.Side Investimentos. "Mas as commodities seguem tendência de alta, principalmente o petróleo, gerando mais atenção na Petrobras, especialmente em meio a sinais de interferência do governo nos preços dos combustíveis. Só que isso acaba prejudicando o caixa da empresa."

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Após subir 0,71%, com a máxima marcando 112.389,86 pontos, o Ibovespa perdeu força, chegando a ceder 0,02%, à medida que os índices futuros de ações americanos e as bolsas europeias também exibem indefinição. O movimento reflete cautela dos investidores em relação aos desdobramentos da guerra russo-ucraniana.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciará, em discurso às 12h45 (horário de Brasília) de hoje, novas medidas para responsabilizar a Rússia pela "não provocada e injustificada guerra na Ucrânia", informou a Casa Branca, em comunicado há pouco.

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Conforme Felipe Graciano, especialista em renda variável da Blue3, como o Brasil acaba sempre acompanhando o exterior e a Bolsa brasileira é movida principalmente por commodities, tende a também sofrer os impactos dessa pressão da inflação, em meio a uma política monetária considerada frágil.

"Investidor de ações de varejo, por exemplo, fica perdido ao não ver uma volta do consumo neste cenário. Então, o índice começa a oscilar até esperar as próximas cenas, para ver qual será o antídoto para conter os preços. Só que não dá para intervir em uma grande empresa como é o caso da Petrobras, sem uma política monetária forte, que respeite o teto de gastos. Isso desagrada ao investidor", avalia, observando a projeção elevada de giro financeiro para hoje, de quase R$ 70 bilhões, em relação à média diária na faixa de R$ 30 bilhões.

Às 11h08, o Ibovespa subia 0,17%, aos 111.782,68 pontos, após mínima diária aos 111.473,61 pontos e máxima aos 111.473,61 pontos (alta de 0,71%). As ações da Petrobras sobem quase 3% (PN) e 2,285 (ON), em recuperação, depois de cederem em torno de 7% na véspera, na esteira da alta de quase 4% do petróleo no exterior.

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"Aqui temos de recuperar o nível dos 112.400 pontos e não perder a área de 110.500 pontos, sob pena de acelerar a queda", observa o economista-chefe do ModalMais, Álvaro Bandeira, em comentário matinal.

No entanto, o encarecimento do petróleo coloca ainda mais pressão na petrolífera brasileira, em meio ao crescente debate sobre adoção de medidas para conter o repasse da commodity para os preços dos combustíveis. Por ora, as ações aventadas sugerem intervenção política, tudo o que o mercado abomina, além da possibilidade de gerar perdas ao caixa da estatal. Além disso, dependendo da medida a ser adotada, pode também afetar as contas públicas, recrudescendo temores fiscais.

Para completar, boa parte do colegiado da Petrobrás é composta por representantes do mercado financeiro e também por profissionais do setor de petróleo que acreditam na necessidade de a Petrobras se manter isenta de ingerências políticas.

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Neste sentido, o mercado acompanhará com afinco a reunião do presidente Jair Bolsonaro, ministros e o presidente da Petrobras, Joaquim Silva e Luna. Hoje eles devem discutir um programa de subsídios aos combustíveis, com validade de três a seis meses, conforme apurado pelo Broadcast.

Estudos indicam que as defasagens dos preços dos combustíveis no Brasil, em relação ao mercado internacional, oscilam entre 25% e 35% para a gasolina e 30% a 50% para o óleo diesel, como nota a Mirae Asset em relatório. "Jair Bolsonaro dá 24 horas para que os ministros encontrem saídas para evitar as atuais flutuações excessivas do barril de petróleo."

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