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Ibovespa tem recuperação parcial, em alta de 0,89%, a 111.106,83 pontos

A mudança de sinal do câmbio à tarde contribuiu para que o Ibovespa limitasse a recuperação parcial observada desde cedo, em dia de alguma retomada do apetite por ações também no exterior, apesar das dúvidas que ainda cercam o comportamento da inflação vi

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 29.09.2021, 17:56:00 Editado em 29.09.2021, 18:04:05
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A mudança de sinal do câmbio à tarde contribuiu para que o Ibovespa limitasse a recuperação parcial observada desde cedo, em dia de alguma retomada do apetite por ações também no exterior, apesar das dúvidas que ainda cercam o comportamento da inflação vis-à-vis o ritmo de recuperação das maiores economias, especialmente Estados Unidos e China, em um contexto de restrição de oferta que tem resultado em pressão sobre preços.

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Assim, o Ibovespa fechou o dia em moderada alta de 0,89%, aos 111.106,83 pontos, vindo de tombo de 3,05% no dia anterior, o maior desde os 3,78% cedidos no pós-Independência, em 8 de setembro. Nesta quarta, oscilou entre mínima de 110.124,71, da abertura, e máxima de 112.028,32 pontos, com giro financeiro a R$ 30,7 bilhões na sessão. No mês, faltando apenas o pregão de quinta-feira, acumula perda de 6,46%, colocando a do ano a 6,65%. Na semana, cede até aqui 1,92%.

Nas últimas cinco sessões, o Ibovespa alternou ganhos e perdas, refletindo grau maior de incerteza sobre o cenário externo, que se acrescenta às dúvidas internas, especialmente quanto ao fiscal. Nesta quarta, o ajuste técnico foi favorecido não apenas pela relativa recuperação nos mercados acionários do exterior, mas também por uma série de dados domésticos, divulgados pela manhã: a deflação vista no IGP-M, além dos números do Caged e do setor público consolidado, bem recebidos pelo mercado.

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"A discussão sobre o aumento da inflação em um cenário de menor crescimento em várias economias tem se intensificado, começando a haver revisão de crescimento em alguns países, para baixo, com destaque para China e Estados Unidos. Como são duas grandes potências, acaba impactando o fluxo de investimentos para outros países, principalmente para as economias emergentes, entre as quais Brasil. A discussão sobre aumento de juros nos Estados Unidos antes do esperado, já em 2022, acaba resultando também em 'fly to quality', o que contribui para depreciação maior da nossa moeda", observa Cristiane Quartaroli, economista do Banco Ourinvest.

Nesta quarta-feira, o dólar à vista, que cedia terreno até o começo da tarde, voltou a subir, ainda que levemente, fechando o dia em alta de 0,11%, a R$ 5,4303, vindo na terça de seu maior nível de encerramento desde 4 de maio - na máxima desta quarta, foi a R$ 5,4464.

Em evento do Banco Central Europeu (BCE) com autoridades monetárias dos principais BCs do mundo, o presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, atribuiu nesta quarta o atual avanço da inflação à combinação de demanda robusta e restrições de oferta, acrescentando que o Fed continua a monitorar "cuidadosamente as expectativas de inflação". Ele disse também que a perspectiva para a economia americana é positiva no médio prazo, embora ainda haja incerteza quanto à pandemia. Segundo Powell, a inflação ficará "bem acima" da meta nos Estados Unidos nos próximos meses, antes de começar a perder fôlego.

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O presidente do Fed também se referiu ao que seria sua maior preocupação no momento: a possibilidade de tensão entre a meta inflacionária e o outro objetivo perseguido pelo BC americano, o de assegurar máximo emprego no país. Powell observou que o fato de as restrições de oferta, que elevam preços, ainda não terem melhorado significativamente é algo "frustrante".

"Os BCs têm dado boa orientação ao mercado sobre a direção da política monetária na fase em que estamos agora, de 'pré-anúncio do anúncio' da retirada de estímulos e posterior elevação de juros, especialmente nos Estados Unidos. BCs de economias emergentes, entre os quais o do Brasil, já vêm se antecipando a esse movimento, elevando juros. Se olharmos os DIs futuros, os longos estão caindo hoje, no que talvez seja um sinal de que haja muita gordura na curva de juros", diz Alexandre Brito, sócio da Finacap Investimentos.

"Na Bolsa, o que houve de recuperação hoje esteve mais concentrado no índice de materiais. A recuperação é ainda tímida em relação ao que se teve de correção, e considerando que os fundamentos das empresas não têm correspondido aos preços: a Bolsa continua barata. Se pegarmos o 'valuation' de empresas como Itaú, Vale e Petrobras, estão em níveis vistos em grandes crises como a de 2008 (nos EUA), a da própria pandemia ou mesmo na recessão de 2016 (no Brasil)", acrescenta Brito.

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Nesta quarta-feira, mesmo com o petróleo em baixa moderada na sessão, Petrobras ON e PN conseguiram fechar o dia em alta, respectivamente, de 1,51% e 1,59%. Com leve recuperação do minério de ferro na China, que tem oscilado nas últimas sessões entre ganhos e perdas após correção acentuada ao longo de setembro, Vale ON encerrou o dia em alta de 1,27%, limitando ganho em torno de 2% observado até perto do fim da sessão. Usiminas PNA avançou 6,15%, Gerdau PN, 1,84%, e CSN ON, 0,94%.

Os grandes bancos mostraram ganhos de até 1,81% (Bradesco PN), também moderados em direção ao fechamento do dia. Na ponta do Ibovespa, destaque para Braskem (+9,06%), à frente de JBS (+6,22%) e Usiminas (+6,15%). No lado oposto, mais uma vez Banco Inter (Unit -2,84%, PN -3,70%), seguido hoje por WEG (-1,97%) e Banco Pan (-1,93%).

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