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Ibovespa tem oitava semana seguida de alta, maior sequência desde 2017

A realização dos lucros acumulados nos últimos dias levou o Ibovespa a uma queda de 0,39% na sessão desta sexta-feira, 16, quando encerrou o dia com 118.758,42 pontos. O ajuste, no entanto, não foi suficiente para impedir o índice de chegar à oitava alta

Cícero Cotrim (via Agência Estado)

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Escrito por Cícero Cotrim (via Agência Estado)
Publicado em 16.06.2023, 18:21:00 Editado em 16.06.2023, 18:25:51
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A realização dos lucros acumulados nos últimos dias levou o Ibovespa a uma queda de 0,39% na sessão desta sexta-feira, 16, quando encerrou o dia com 118.758,42 pontos. O ajuste, no entanto, não foi suficiente para impedir o índice de chegar à oitava alta semanal consecutiva (+1,49%), na maior sequência de ganhos desde setembro de 2017. Embalada pelo otimismo com o País, a referência da B3 acumulou ganho de 13,8% neste período.

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Nesta sessão, o índice operou volátil devido ao vencimento de opções sobre ações, entre mínima de 118.487,30 pontos (-0,62%) e máxima de 119.554,92 pontos (+0,28%), vindo de duas sessões consecutivas nas quais sustentou o nível de 119 mil pontos no fechamento e renovou os picos do ano. O giro financeiro atingiu R$ 35,1 bilhões, acima da média das últimas sessões.

Profissionais do mercado destacam que o Ibovespa ainda se beneficia do aumento do otimismo com o País, devido à expectativa de início do ciclo de cortes da taxa Selic em agosto e à melhora da perspectiva para o rating soberano do Brasil anunciada esta semana pela S&P Global, de estável para positiva. Por isso, atribuem a baixa da sessão a um ajuste que segue o bom desempenho da Bolsa nas últimas semanas.

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"Houve um movimento de ajuste, porque tivemos uma puxada forte na semana e que, no meu ponto de vista, levou o Ibovespa a um nível já acima do esperado quando se olha para o cenário macro do Brasil", diz o economista-chefe da Frente Corretora, Fabrizio Velloni. "Teve muita empolgação com a perspectiva de redução dos juros e de estímulos na China, que levou a uma entrada de estrangeiros nos papéis de commodities."

As perdas do dia foram puxadas por segmentos como consumo (-1,39%) e imobiliário (-0,84%), que são sensíveis aos juros e acumulam ganhos ainda expressivos no ano, de 6,76% e 32,99%, respectivamente. Em contrapartida, o segmento de materiais básicos - que ainda perde 2,92% em 2023 - foi o destaque positivo da sessão, com alta de 0,14%. O setor financeiro também avançou no pregão (+0,07%).

Em um dia de vencimento de opções sobre ações, as bluechips Petrobras e Vale conseguiram sustentar ganhos e ajudaram a limitar as perdas do Ibovespa, amparadas também por altas acima de 1% nos preços do petróleo e pelo leve ganho de 0,12% do minério de ferro na China. Os papéis preferenciais e ordinários da petroleira avançaram 0,85% e 0,60%, respectivamente, em meio ao pagamento de dividendos a investidores, enquanto Vale ON ganhou 0,16%.

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Apesar da perda observada no dia, analistas destacam que a tendência ainda é de ganhos para o Ibovespa, já que o Brasil deve continuar atraindo recursos externos. Conforme dados publicados pela B3, investidores estrangeiros já ingressaram com R$ 6,913 bilhões na Bolsa brasileira em junho e R$ 13,791 bilhões em 2023 - e cerca de metade desta cifra ingressou nos últimos cinco pregões.

O JPMorgan elevou a projeção para o Ibovespa no fim de 2023, de 130 mil pontos para 135 mil pontos, citando a melhora do seu cenário macroeconômico para o País, com aumento na projeção de crescimento do PIB (0,5% para 2,4%) e queda na expectativa para a taxa Selic terminal (12% para 11%). O banco americano vê o Brasil como "protagonista" entre emergentes no segundo semestre, devido à expectativa de queda dos juros.

Na ponta negativa do Ibovespa, os destaques do dia ficaram com Carrefour ON (-6,56%), Rumo ON (-4,75%), Assaí ON (-4,18%), Via ON (-4,14%) e Marfrig ON (-4,11%). Em contrapartida, as maiores ganhadoras do pregão foram CVC ON (+5,63%), Dexco ON (+3,06%), SLC Agrícola ON (+2,94%), CPFL Energia ON (+2,89%) e Azul ON (+2,79%).

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