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Ibovespa tem leve perda, aos 128 mil pontos, com NY e cautela sobre China

O Ibovespa teve um dia de variação contida em boa parte da sessão, mas acentuou o sinal negativo pouco antes das 17h, acompanhando deterioração em Nova York, onde as perdas chegaram a 1,65% (Nasdaq) no fechamento. Assim, na mínima do fim da tarde, cedeu a

Luís Eduardo Leal (via Agência Estado)

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Escrito por Luís Eduardo Leal (via Agência Estado)
Publicado em 05.03.2024, 18:33:00 Editado em 05.03.2024, 18:38:00
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O Ibovespa teve um dia de variação contida em boa parte da sessão, mas acentuou o sinal negativo pouco antes das 17h, acompanhando deterioração em Nova York, onde as perdas chegaram a 1,65% (Nasdaq) no fechamento. Assim, na mínima do fim da tarde, cedeu a linha dos 128 mil, aos 127.823,31 (-0,40%), saindo de máxima, mais cedo, a 128.989,02. Ao fim, mostrava leve baixa de 0,19%, a 128.098,11 pontos, no menor nível de encerramento desde 15 de fevereiro. Como ontem, o giro desta terça-feira seguiu moderado, hoje a R$ 20,6 bilhões. Na semana, o Ibovespa cai 0,84% e, nas três primeiras sessões de março, acumula perda de 0,71% - no ano, cede 4,54%.

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Entre as ações de maior liquidez na B3, poucas conseguiram evitar baixa, com destaque para Bradesco (ON +1,07%, PN +0,51%) e Banco do Brasil (ON +0,69%). Vale ON seguiu no negativo (hoje -1,32%), a R$ 65,85, em dia de reação ambivalente do mercado à meta oficial de crescimento da China para o ano, de 5% - não tanto pelo porcentual, mas pelo pouco detalhamento dos instrumentos que serão aplicados para estimular a economia, que já vem sob escrutínio do mercado há um bom tempo.

Em dia de prosseguimento do ajuste negativo no petróleo, ainda que em grau moderado, as ações ON e PN da Petrobras acompanharam o sinal da commodity e fecharam, respectivamente, em baixa de 0,61% e 0,30%. Na ponta perdedora do Ibovespa, destaque para Vibra (-5,50%), Braskem (-4,74%) e Pão de Açúcar (-4,17%). No lado oposto, Cogna (+5,43%), CVC (+5,39%) e BRF (+4,18%).

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No cenário micro, a Vibra cedeu terreno mesmo após "divulgação de um bom balanço, mas com perda de market share em relação ao mesmo período em 2022", observa Andre Fernandes, head de renda variável e sócio da A7 Capital, destacando também a perda de Braskem na sessão, em "correção técnica após subir mais de 20% desde fevereiro".

No campo positivo nesta terça-feira, destaque para Cogna. "A XP alterou recomendação, de neutra para compra, com alvo acima de R$ 4" para a ação, e "o mercado também tem forte expectativa quanto aos resultados do quarto trimestre de 2023, da empresa, que devem ser divulgados em 20 de março", acrescenta Fernandes. E para Azul, que subiu 3,87%, entre as maiores ganhadoras do dia, com a possibilidade de que venha a apresentar oferta por parte ou mesmo integralidade da concorrente Gol.

No quadro mais amplo, "o dia foi de pessimismo global e de ajuste nos preços das commodities, acompanhado pelas ações subjacentes, muito por conta da conclusão do primeiro dia do Congresso Nacional do Povo, na China, com a meta projetada de 5% de crescimento para o PIB", diz Matheus Spiess, analista da Empiricus Research.

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"A economia chinesa ainda precisa de muito estímulo, e o mercado está cético: o governo chinês tem prometido muito, mas não tem entregue tanto, no sentido enfático que o mercado tem pedido há bastante tempo", acrescenta o analista. "Tivemos assim nomes das commodities - de energia e do setor metálico - pesando hoje mais sobre o Ibovespa."

Spiess acrescenta que a cautela se estende, na semana, a outros fatores importantes no cenário externo, como a decisão sobre juros na zona do euro, pelo Banco Central Europeu (BCE), na quinta-feira, e no dia seguinte, sexta, o relatório oficial sobre o mercado de trabalho nos Estados Unidos, referente a fevereiro, importante, como sempre, para a calibragem da orientação sobre a política monetária americana.

Por outro lado, o analista destaca a recuperação nas ações de small caps, parte das quais mais exposta ao ciclo doméstico, favorecidas no momento pelo relativo fechamento na curva de juros, em diferentes vértices, aqui e fora. "Há dois motivos principais para isso, hoje: aqui, a revisão, para baixo, do IPCA nas projeções do Focus e, nos Estados Unidos, a queda dos juros de 10 anos, na sequência da desaceleração do PMI de serviços, com efeito para a curva americana".

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Dessa forma, o índice de consumo (ICON), mais correlacionado a juros e demanda doméstica, subiu hoje 0,89%, enquanto o de materiais básicos (IMAT), com exposição a preços e demanda formados no exterior, caiu 0,78% na sessão.

"Em geral, o dia foi de movimentos bem contidos para bolsa como para juros e câmbio, com os dados do dia basicamente em linha, e grande expectativa para a divulgação, na sexta-feira, do mais recente relatório sobre o mercado de trabalho nos Estados Unidos, assim como para fala, ao Congresso, do Jerome Powell, presidente do Federal Reserve", diz Lucas Serra, analista da Toro Investimentos.

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