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Ibovespa tem dia de pouca oscilação, em alta de 0,29%, aos 136,5 mil pontos

Após alta de 1,31% no dia anterior que o recolocou aos 136 mil pontos - apenas um degrau abaixo do pico histórico de fechamento, em 28 de agosto -, o Ibovespa teve uma quinta-feira de acomodação, em que flutuou menos de 700 pontos entre a mínima (135.959,

Luís Eduardo Leal (via Agência Estado)

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Escrito por Luís Eduardo Leal (via Agência Estado)
Publicado em 05.09.2024, 17:46:00 Editado em 05.09.2024, 17:51:05
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Após alta de 1,31% no dia anterior que o recolocou aos 136 mil pontos - apenas um degrau abaixo do pico histórico de fechamento, em 28 de agosto -, o Ibovespa teve uma quinta-feira de acomodação, em que flutuou menos de 700 pontos entre a mínima (135.959,32) e a máxima (136.656,04) da sessão. Dessa forma, saindo de abertura aos 136.111,93 pontos, encerrou com leve ganho de 0,29%, aos 136.502,49 pontos, em dia de giro moderado a R$ 18,1 bilhões. Na semana e no mês, o índice da B3 avança 0,37%, colocando a alta do ano a 1,73%.

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A sessão também foi de variação contida para os principais índices de ações em Nova York, entre -0,54% (Dow Jones) e +0,25% (Nasdaq) no fechamento. Por aqui, o dólar à vista caiu 1,22%, a R$ 5,5711, e a curva de juros doméstica também cedeu terreno, em linha com o observado nos rendimentos dos Treasuries, lá fora.

Na B3, ambas as ações de Petrobras seguiram em baixa (ON -0,59%, PN -0,62%) nesta quinta-feira - a terceira sessão de queda consecutiva para os preços do petróleo. Por outro lado, o dia foi positivo para Vale (ON +0,72%) e para a maioria dos grandes bancos, à exceção de Santander (Unit -0,57%). Além de Petrobras, a sessão em geral foi negativa para o setor de utilities, com Eletrobras ON (-0,73%) à frente. Na ponta perdedora do Ibovespa, Assaí (-3,91%), Azul (-3,66%) e Minerva (-2,83%). No lado oposto, IRB (+6,14%), MRV (+5,99%) e Natura (+3,55%).

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"Foi um dia de agenda local um pouco vazia, com destaque lá fora para a leitura da ADP sobre geração de vagas de trabalho nos Estados Unidos, abaixo das expectativas, na véspera dos dados oficiais, do payroll, referentes a agosto. Mercado de trabalho mais fraco nos Estados Unidos reforça a expectativa, e as apostas, por um corte de juros mais agressivo por lá, em setembro", observa Rodrigo Moliterno, head de renda variável da Veedha Investimentos, destacando a reunião de política monetária do Federal Reserve, nos próximos dias 17 e 18.

Nesse contexto, o mercado local fica em "compasso de espera", aguardando também a deliberação do Banco Central sobre a Selic. "Mercado bem devagar, com giro também light, suavizado na sessão", acrescenta.

"Movimento natural de leve alta para o Ibovespa na sessão, com dólar em baixa assim como a curva do DI, nos vencimentos curtos como também nos longos", resume Diego Faust, operador de renda variável da Manchester Investimentos, enfatizando em especial o ajuste mais intenso nos vencimentos longos do que nos curtos, acompanhando o movimento dos Treasuries baseado na expectativa para o Fed. "Dados do dia no exterior vieram não muito fora do consenso, e o do PMI, acima do esperado, contribui para afastar receio de recessão nos Estados Unidos."

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"O fluxo comprador no Ibovespa permanece forte, mesmo com expectativa de alta da Selic", diz Andre Fernandes, head de renda variável e sócio da A7 Capital. "O movimento dos Treasuries reflete a percepção dos investidores" cada vez mais inclinada a um corte de 0,50 ponto porcentual, e não apenas de 0,25 ponto, na taxa de juros dos Estados Unidos nesta reunião do Fed em setembro, acrescenta Fernandes - o que ampara rotação de carteira que tende a favorecer destinos como o Brasil entre os mercados emergentes, aponta o especialista.

Contudo, no mês de setembro até a terça-feira, 3 - ou seja, no agregado das duas primeiras sessões do mês -, houve retirada de R$ 334,605 milhões, resultado de compras de R$ 18,944 bilhões e vendas de R$ 19,278 bilhões por investidores estrangeiros. Em agosto, a B3 registrou fluxo líquido positivo de R$ 10 bilhões - foi apenas o segundo mês de ingresso líquido de recursos estrangeiros na Bolsa brasileira em 2024. No ano, até o dia 3 de setembro, o capital externo está negativo em R$ 26,892 bilhões na B3.

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