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Ibovespa se descola de NY e encerra no pico do dia (+1,97%), aos 124,8 mil

Na contramão de Nova York, onde as perdas nesta primeira sessão da semana chegaram a 3,07% (Nasdaq), o Ibovespa interrompeu série de três sessões em baixa e avançou ao maior nível de fechamento desde 12 de dezembro, de volta aos 124 mil pontos. Hoje, o ín

Luís Eduardo Leal (via Agência Estado)

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Escrito por Luís Eduardo Leal (via Agência Estado)
Publicado em 27.01.2025, 18:42:00 Editado em 27.01.2025, 18:51:41
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Na contramão de Nova York, onde as perdas nesta primeira sessão da semana chegaram a 3,07% (Nasdaq), o Ibovespa interrompeu série de três sessões em baixa e avançou ao maior nível de fechamento desde 12 de dezembro, de volta aos 124 mil pontos. Hoje, o índice da B3 oscilou dos 122.206,78 aos 124.861,50 pontos: uma variação de 2.654 pontos do piso ao teto, que correspondeu ao nível de fechamento, em alta de 1,97%, agora perto dos 125 mil. O giro foi a R$ 23,0 bilhões na sessão. Em janeiro, o Ibovespa sustenta ganho de 3,81%, a caminho do primeiro desempenho positivo desde agosto - e também do melhor janeiro desde 2022, quando subiu 6,98%.

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Apenas três dos 87 papéis que compõem o Ibovespa fecharam o dia em baixa: WEG (-7,88%), Embraer (-2,97%) e RD Saúde (-0,38%). Na ponta ganhadora, Magazine Luiza (+10,05%), Minerva (+9,91%) e Assai (+7,64%). Entre as ações e os setores de maior peso no índice, destaque para o financeiro, com Banco do Brasil (ON +4,09%, máxima do dia no fechamento) à frente de Itaú PN, que marcou ganho de 2,40%, e de Bradesco, em alta de 2,69% (ON) e de 2,48% (PN, no pico do dia no encerramento). Vale ON subiu 1,75% e Petrobras avançou 1,11% (ON) e 1,47% (PN), mesmo com perdas em torno de 2% para o petróleo na sessão.

Com o Ibovespa "impulsionado pela queda dos juros futuros, os investidores têm mantido o foco em ações domésticas, especialmente em setores sensíveis à taxa de juros, como o varejo", diz Patrick Buss, operador de renda variável da Manchester Investimentos. No lado oposto do índice nesta segunda-feira, destaque para WEG que, segundo Buss, refletiu hoje o noticiário corporativo.

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"Há avanço da concorrência chinesa no setor de tecnologia: a startup DeepSeek anunciou uma IA muito avançada, que está sendo desenvolvida com menor custo e sem a necessidade de chips de alta performance, o que traz preocupação quanto a uma possível redução na demanda por equipamentos de infraestrutura essencial à tecnologia, segmento em que a WEG também atua na área elétrica", diz.

Em Nova York, a mesma notícia, de que uma concorrente chinesa teria "bolado" um processo de inteligência artificial para bater de frente com o chatGPT, resultou em forte correção no mercado de ações local, em especial as do setor de tecnologia, que "despencaram" hoje, enfatiza o analista Alison Correia, sócio-fundador da Dom Investimentos. "É um ponto de correção para os ativos por lá. A gente observa, principalmente de oito meses para cá, recordes de alta para Dow Jones, S&P 500, Nasdaq, índices que andavam extremamente positivos", acrescenta.

Para Bruna Centeno, economista e advisor da Blue3 Investimentos, a concorrência chinesa no estratégico setor de inteligência artificial também foi o tema do dia, desviando um pouco a atenção dos primeiros movimentos do governo Trump, em especial em relação à política tarifária, que haviam dominado a atenção dos mercados na semana passada. O ajuste de hoje, principalmente nas ações do setor de tecnologia, deflagrou uma busca por segurança nos Treasuries, o que resultou em forte queda também nos rendimentos desses títulos, considerados livres de risco.

"Um dia bastante focado nos Estados Unidos, mas nossa Bolsa conseguiu se descolar, com apoio de Vale, Petrobras e dos grandes bancos. A análise gráfica sugere que esse movimento de recuperação pode se manter no curto prazo", acrescenta Bruna.

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