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Ibovespa retoma trajetória positiva, em alta de 1,18%, aos 111,8 mil pontos

Em dia de leve avanço para as ações de bancos, e sem sinal único para as de commodities, o Ibovespa acompanhou a alguma distância os ganhos em Nova York e, mais cedo, na Europa, com Cielo (+11,29%), Magalu (+9,70%) e Rumo (+6,92%) liderando o índice da B3

Luís Eduardo Leal (via Agência Estado)

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Escrito por Luís Eduardo Leal (via Agência Estado)
Publicado em 26.05.2022, 18:00:00 Editado em 26.05.2022, 18:07:50
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Em dia de leve avanço para as ações de bancos, e sem sinal único para as de commodities, o Ibovespa acompanhou a alguma distância os ganhos em Nova York e, mais cedo, na Europa, com Cielo (+11,29%), Magalu (+9,70%) e Rumo (+6,92%) liderando o índice da B3 na sessão. Ao fim, o Ibovespa mostrava alta de 1,18%, aos 111.889,88 pontos, tendo atingido máxima aos 112.101,51 (+1,38%), maior nível intradia desde 22 de abril, então na faixa dos 114 mil. Na quarta, saiu de abertura aos 110.577,27, tocando na mínima os 110.388,48 pontos. No mês, sobe 3,72% e, no ano, 6,74%, com ganho a 3,14% na semana. O giro ficou em R$ 27,2 bilhões nesta quinta-feira em que o Ibovespa fechou no maior nível de pontos desde 20 de abril (114.343,78).

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Após a estabilidade da quarta, a referência da B3 retoma a trajetória positiva iniciada no último dia 19, sem retrocessos desde então. Indo um pouco além, desde 11 de maio registrou apenas uma perda, de 2,34%, no dia 18 - ou seja, uma queda em 12 sessões até esta quinta-feira.

Nesta quinta, os ganhos firmes em Nova York, que chegaram a 2,68% (Nasdaq) no fechamento, deram impulso ao índice brasileiro, em sessão na qual a segunda leitura sobre o PIB americano janeiro-março corroborou a impressão deixada no dia anterior pela ata do Federal Reserve, de que acentuação do ritmo de alta dos juros de referência nos EUA está fora da agenda no momento, apesar da pressão inflacionária.

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A percepção de que uma guinada "hawkish" na política monetária americana está ficando fora de questão foi reforçada, nesta quinta, pela contração do PIB no primeiro trimestre, segundo revisão divulgada nesta manhã, que despertou o apetite por risco nos mercados globais em típica leitura de que menos, neste caso, é mais. Aqui, o dólar à vista cedeu 1,23%, a R$ 4,7614 no fechamento, com mínima a R$ 4,7514. O petróleo Brent para julho avançou quase 3%, negociado a US$ 118 por barril na máxima do dia.

Apesar da commodity em retomada, Petrobras ON e PN tiveram ganhos leves na sessão, de 0,31% e 0,25%, em meio à incerteza sobre a troca de comando, de José Mauro Coelho por Caio Paes de Andrade, cujo nome precisará ser submetido aos procedimentos de governança interna antes da AGE (Assembleia Geral Extraordinária), o que tende a alongar o processo ao menos até julho.

Em meio às persistentes incertezas sobre o efeito da Covid e o ritmo de reabertura da economia na China, Vale ON não andou na sessão (-0,06% no fechamento), em dia sem sinal único para a siderurgia (CSN ON +3,00%, Usiminas PNA -1,64%) e negativo para as utilities (Eletrobras PNB -2,54%, Eletrobras ON -2,05%, ambas na ponta perdedora do Ibovespa com outras empresas do setor, como Energisa -2,88%, Taesa -2,77% e Cemig -2,57%). Os grandes bancos fecharam em alta moderada, à exceção de BB (ON -0,29%) e Santander (Unit -0,30%), com Itaú PN (+1,25%) na ponta do grupo.

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"A ata do Fomc, ontem, tirou um pouco do medo do mercado sobre recessão nos Estados Unidos", diz Arthur Schneider, responsável por distribuição de produtos na Monte Bravo Investimentos, com o mercado passando a cravar duas altas de meio ponto porcentual nas próximas reuniões do comitê de política monetária do Federal Reserve, em junho e julho, após ata vista como sem novidades, em linha com pronunciamentos recentes das autoridades monetárias americanas. Nesta quinta, contudo, veio a revisão do PIB americano no primeiro trimestre, agora em contração anualizada de 1,5%, na segunda leitura oficial para o intervalo.

"Desde a reunião do Fomc, tudo o que tem saído de dados americanos veio pior do que se imaginava. Os sinais de desaceleração já deixavam o mercado em uma 'vibe', em um registro de juro não tão alto por lá, e a ata do Fomc também contribuiu nessa direção", diz Paulo Gala, economista-chefe do Banco Master.

Por aqui, "a limitação da alíquota do ICMS (na noite de quinta na Câmara), em 17% sobre os combustíveis, foi o grande destaque", observa o economista. "Precisa passar agora pelo Senado, mas se for aprovada lá também deve ter grande efeito sobre a gasolina e o diesel. A gasolina deve cair 0,70 centavo, segundo as primeiras estimativas, com efeito de 1 ponto porcentual sobre o preço do diesel, o que é benéfico para a inflação. O IPCA pode ficar de 1 a 1,5 ponto abaixo do que se projeta de inflação para o ano, um alívio considerável", diz Gala.

Ele ressalva que a medida trará também uma perda considerável de arrecadação para Estados e municípios, com consequência para a situação fiscal e os juros futuros, o que resulta em inclinação da curva, com os curtos retroagindo e os longos avançando, conforme movimento visto ainda na quarta.

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