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Ibovespa reduz alta com ações de commodities, mas defende 100 mil pontos

Após acelerar o ritmo de alta mais cedo, o Ibovespa perdeu fôlego, mas ainda defende os 100 mil pontos retomados hoje, quando a máxima diária atingiu 100.533,25 pontos (elevação de 0,76%). Em Nova York, contudo, os ganhos são maiores, com destaque para o

Maria Regina Silva (via Agência Estado)

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Escrito por Maria Regina Silva (via Agência Estado)
Publicado em 27.07.2022, 11:38:00 Editado em 27.07.2022, 11:43:36
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Após acelerar o ritmo de alta mais cedo, o Ibovespa perdeu fôlego, mas ainda defende os 100 mil pontos retomados hoje, quando a máxima diária atingiu 100.533,25 pontos (elevação de 0,76%). Em Nova York, contudo, os ganhos são maiores, com destaque para o Nasdaq, com avanço de mais de 2%, na esteira de balanços e enquanto o mercado espera a decisão do Fed à tarde.

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Aqui, chama a atenção a valorização de mais de 5,50% nas ações do Carrefour, que divulgou balanço relativo ao segundo trimestre. A varejista informou crescimento em seu lucro acima do esperado, o que também estimula outros papéis do segmento na B3.

Apesar da alta em torno de 1% nas cotações do petróleo no exterior, as ações da Petrobras passaram a ceder, após elevação moderada mais cedo. O investidor avalia a possibilidade de mudança na política de preços dos combustíveis da estatal hoje em reunião do conselho da companhia. Para o coordenador da Federação Única dos Petroleiros (Fup), Deyvid Bacelar, a tentativa de alteração é "mais um oportunismo eleitoreiro do presidente Jair Bolsonaro." As ações da Vale também cedem, puxando os papéis do segmento metálico, aos o minério de ferro no porto chinês de Qingdao fechar com estabilidade.

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Conforme fontes, o Conselho de Administração da Petrobras discutirá mudança na política de preços dos combustíveis, um dia antes da divulgação do balanço da empresa, que sai amanhã após o fechamento da Bolsa. A ideia é tirar das mãos de três diretores, incluindo o presidente, o poder de bater o martelo sobre os reajustes, assunto que pode gerar instabilidade aos papéis da estatal.

As decisões sobre os preços obedecem critérios técnicos, feitas pelas equipes da empresa, levando em conta câmbio, valor do petróleo e custos de importação. E ainda amanhã, espera-se que o conselho da Petrobras antecipe o pagamento de dividendos aos seus acionistas, um valor próximo a R$ 40 bilhões.

"O pedido de antecipação de dividendos das estatais pelo governo é boa notícia, e a expectativa de que a Petrobras libere quase R$ 40 bilhões é um fator positivo. O cenário interno está mais calmo. No entanto, ninguém vai tomar muitas posições antes do Fed", avalia em comentário matinal o estrategista-chefe do Grupo Laatus, Jefferson Laatus.

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Já em relação a uma possível alteração na política de preços da estatal, Eduardo Telles, especialista em renda variável da Blue3, pondera que pode ser uma modificação que desagradará ao investidor, dado o risco de comprometimento do caixa da empresa. "Indica influência do governo, o que não é bom. Uma política de preços que não aparelhe ao que está acontecendo na economia, no mercado internacional não é bem vista pelo mercado. Tem de ir de encontro ao que está acontecendo com a economia como um todo", avalia.

De todo modo, reforça Telles, "não tem como, o foco é a decisão do Fed e qual será o ritmo de alta dos juros daqui para frente", diz. A expectativa é de que o BC americano suba os juros em 0,75 ponto porcentual, na tentativa de controlar a inflação que é a mais alta dos últimos 40 anos. Ao mesmo tempo, eleva o risco de recessão à frente da maior economia do planeta. Isso, alta dos juros, avalia, tende a reforçar a fuga de capital da Bolsa brasileira, que tem registrado volume diário minguado.

"O Fed já indicou que não vai medir esforços para conter os preços. Além da decisão em si, o mercado ficará de olho no que o Powell falará Jerome Powell, presidente do Fed, o que espera para as próximas reuniões", afirma o especialista da Blue3.

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Enquanto aguarda a decisão do Fed e indicadores de atividade americanos que saem esta manhã, o mercado avalia resultados de empresas como Carrefour, Telefônica (Vivo) e Klabin.

O lucro líquido ajustado ao controlador do Grupo Carrefour Brasil de R$ 600 milhões ficou 39,5% acima do que média das seis casas consultadas pelo Prévias Broadcast, que era de R$ 430 milhões. O resultado impulsionar as ações da companhia na Bolsa, bem como de outros papéis do setor.

Já o lucro líquido da Klabin de R$ 972 milhões no segundo trimestre deste ano veio 18,25% acima da média prevista pelo mercado de R$ 822 milhões, segundo o Prévias Broadcast. O Ebtida e a receita da Telefônica vieram em linha com o esperado. Klabin subia 1,52% perto de 11 horas e Telefônica (Vivo), por sua vez, cedia 3,92%. O lucro líquido da Telefônica Brasil (dona da Vivo) atingiu R$ 746 milhões no segundo trimestre de 2022, o que representa recuo de 44,6% em relação ao mesmo período de 2021.

O Ibovespa subia 0,41%, aos 100.179,95 pontos, após alta de 0,76%, na máxima diária aos 100.533,25 pontos. Petrobras caía 0,64% (PN) e 1,21% (ON), enquanto Vale ON perdia 1,07%.

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