O Ibovespa opera em baixa no final da manhã desta terça-feira, 27, tentando manter o nível dos 108 mil pontos, em meio à cautela do mercado devido à percepção de uma atividade doméstica mais fraca. Às 11h32 desta terça, o principal índice de referência da B3 cedia 0,89%, aos 107.772,83 pontos, após testar mínima de 107.418,40 (-1,21%) pontos e máxima de 109.352,67 (+0,56%) pontos.
A divulgação dos dados de crédito de outubro pelo Banco Central puxou a piora do índice, que operou em alta na primeira meia hora de pregão. A autarquia apurou um aumento do endividamento das famílias, de 49,6% em setembro para 49,8% nesta leitura. O comprometimento da renda com o Sistema Financeiro Nacional atingiu 28,2% no mês, o pico da série histórica.
"Os setores correlacionados à atividade doméstica estão prejudicados, porque a leitura do mercado é de um cenário mais inflacionário em 2023, de juros elevados por um período prolongado e de uma situação de crédito mais apertada, com um custo muito elevado para a população se endividar", diz a economista-chefe da Veedha Investimentos, Camila Abdelmalack.
No horário mencionado, a maior parte dos setores da Bolsa brasileira cediam. O segmento imobiliário liderava as perdas, com baixa de 3,15%, seguido por consumo (-2,01%) e financeiro (-1,93%). Na outra ponta, o setor de materiais básicos avançava 1,32%, devido ao bônus da alta das commodities aos papéis da Vale (+1,08%) e de siderúrgicas, como CSN (+0,28%) e Usiminas (+0,57%).
Os preços de commodities operam em alta desde o início da manhã, em reação ao relaxamento de restrições sanitárias na China. Na segunda-feira, Pequim anunciou que acabará com a exigência de quarentena para viajantes que chegam ao país, entre outras medidas. Às 11h36, o futuro do Brent para fevereiro subia 0,32%, aos US$ 84,19 o barril, enquanto o contrato para o WTI avançava 0,49%, aos US$ 79,95.
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