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Ibovespa mira queda após 5 elevações, mas NY instiga alta

O Ibovespa abriu em leve baixa após subir nos últimos seis pregões seguidos, em meio à falta de catalisadores e diante da leitura de que ata do Comitê de Política Monetária (Copom) veio sem novidades. Divulgada na manhã desta terça-feira, de forma geral,

Maria Regina Silva (via Agência Estado)

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Escrito por Maria Regina Silva (via Agência Estado)
Publicado em 25.06.2024, 11:23:00 Editado em 25.06.2024, 11:27:26
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O Ibovespa abriu em leve baixa após subir nos últimos seis pregões seguidos, em meio à falta de catalisadores e diante da leitura de que ata do Comitê de Política Monetária (Copom) veio sem novidades. Divulgada na manhã desta terça-feira, de forma geral, o documento reforçou cautela em relação aos próximos passos do Banco Central (BC), sugerindo que a Selic ficará no nível atual de 10,50% por algum tempo.

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Ontem, o Índice Bovespa subiu 1,07% e fechou aos 122.636,96 pontos, em correção às quatro quedas consecutivas semanais recentes e em meio à entrada de capital estrangeiro nas últimas semanas, retomando elevação no mês. Já quanto ao ingresso de recursos externos, este caminha para fechar junho com saídas, bem como para o pior primeiro semestre desde 2020.

Porém, há alguns vetores de alta ao principal indicador da B3 nesta terça, como a elevação da maioria das bolsas americanas, após sinais divergentes na véspera. Mas as taxas são moderadas. Nesta terça, os investidores aguardam discursos de diretoras do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano). Mas o foco principal é o PCE - o dado de inflação predileto do Fed - que sairá na sexta, e ajudará nas apostas para o juro básico.

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No Brasil, a ata do Copom divulgada pela manhã afirmou que a manutenção da taxa Selic em 10,50% é compatível com a sua estratégia para fazer a inflação convergir a um nível "ao redor" da meta no horizonte relevante, que inclui o ano de 2025.

"A ata não trouxe grandes novidade, ainda mantém um tom de cautela", avalia em comentário o economista Carlos Lopes, do BV. Segundo ele, o documento sinaliza que o juro básico ficará no nível atual pelo menos nas próximas reuniões do Copom, "provavelmente até o fim do ano."

Na ata, o BC reafirmou que uma política fiscal crível e comprometida com a sustentabilidade da dívida contribui para a ancoragem das expectativas de inflação e a redução dos prêmios de risco, o que impacta a condução da política monetária. Além disso, o Copom aumentou a sua estimativa de taxa de juros real neutra, de 4,5% para 4,75%.

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Ao comentar a ata, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, classificou o documento como "muito aderente" ao comunicado divulgado na semana passada após a decisão sobre juros.

Agora, o mercado acompanha a participação do diretor de Política Monetária do BC, Gabriel Galípolo, em evento. No geral, Galípolo demonstrou confiança ao indicar que a autoridade monetária não será leniente com a inflação. "Se as coisas piorarem, o Banco Central vai reagir, com certeza."

As afirmações do diretor parecem não ter viés político, avalia Bruno Takeo, analista da Ouro Preto Investimentos. "Isso é bom. A gente espera um BC técnico", diz. No final deste ano, terminado o mandato do presidente Roberto Campos Neto. Galípolo é um dos mais cotados para assumir a presidência.

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Sobre a ata, Takeo avalia que o documento até pode ter sido visto como dura, com um tom mais duro por alguns, "mas não houve novidades, o BC está muito dependente do exterior."

Ainda fica no radar uma reunião de Haddad com todos os secretários da sua equipe. Pode ser que o ministro traga alguma novidade sobre as fontes de receita para cobrir a desoneração da folha de pagamentos e o déficit fiscal deste ano.

Às 11h06, o Ibovespa caía 0,14%, aos 122.467,73 pontos, ante elevação de 0,17%, na máxima aos 122.849,07 pontos, após mínima aos 122.246,42 pontos (-0,32%). Vale cedia 0,31%, em dia de estabilidade do minério de ferro na China, e Petrobras recuava entre 0,57% (PN) e 0,74% (ON). Ações de grandes bancos também recuavam em sua maioria, após alta recente.

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