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Ibovespa limita perda no fim (-0,78%), com Sul América e Rede D'Or

Apesar do dólar ter cedido a linha de R$ 5 nesta quarta-feira, a R$ 4,9980 na mínima do dia pela manhã, renovada à tarde a R$ 4,9946, o Ibovespa voltou a terreno negativo após recuperação pontual ontem, o único ganho da referência da B3 nas últimas cinco

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 23.02.2022, 18:52:00 Editado em 23.02.2022, 19:00:42
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Apesar do dólar ter cedido a linha de R$ 5 nesta quarta-feira, a R$ 4,9980 na mínima do dia pela manhã, renovada à tarde a R$ 4,9946, o Ibovespa voltou a terreno negativo após recuperação pontual ontem, o único ganho da referência da B3 nas últimas cinco sessões. Entre mínima de 111.748,11, do fim da tarde, e máxima de 113.721,38 pontos, saindo de abertura a 112.891,80, o índice fechou hoje em baixa de 0,78%, a 112.007,61 pontos, com giro financeiro a R$ 32,0 bilhões. Na semana, o Ibovespa cede 0,77% e agora 0,12% no mês, que se encerra na B3 na sexta-feira - no ano, o índice ganha 6,85%.

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O prosseguimento das tensões em torno da Ucrânia manteve a maioria dos mercados na defensiva neste meio de semana, com perdas acentuadas à tarde em Nova York, que chegaram a 2,57% (Nasdaq) no fechamento, levando o Ibovespa também mais para baixo. De forma moderada na sessão, o petróleo continuou a refletir a instabilidade no leste europeu, que envolve a Rússia, grande produtora e exportadora da commodity, além do gás natural, vital para o abastecimento da Europa ocidental. Após o encerramento na ICE e na Nymex, contudo, o petróleo mudou de sinal, com os contratos futuros passando a cair, momentaneamente.

Assim, Petrobras, que contribuía mais cedo para mitigar os efeitos do ajuste negativo em mineração (Vale ON -1,05%) e siderurgia (CSN ON - 4,86%, Gerdau PN -3,35%) - com o mercado ainda muito atento a iniciativas do governo chinês para conter o que considera como especulativo na formação dos preços no setor -, chegou a ficar sem sinal único, mas fechou no positivo (ON +0,03%, PN +1,42%). O dia foi majoritariamente negativo para outro segmento de peso no Ibovespa, o financeiro, com Banco do Brasil (ON +0,51%) conseguindo se descolar das perdas na sessão.

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Na ponta do Ibovespa, destaque para salto de Sul América (+25,16%) e de Rede D'Or (+8,82%), no ajuste de fechamento, com o relato do Globo de que a Rede D'Or adquiriu a Sul América Seguros. Antes, a ponta do Ibovespa era ocupada apenas por empresas do setor elétrico: Eletrobras PNB (+3,27%), Eletrobras ON (+2,14%), Taesa (+2,11%), Cemig PN (+2,28%), após a Assembleia Geral Extraordinária (AGE) da Eletrobras aprovar ontem a venda da empresa condicionada à diluição da participação da União a porcentual igual ou inferior a 45%. Na face oposta do índice, 3R Petroleum (-12,49%), Banco Inter (Unit -12,12%), CVC (-6,31%), Suzano (-6,11%) e Alpargatas (-6,09%).

Pela manhã, a prévia para a inflação pelo IPCA-15 em fevereiro, a 0,99%, no maior nível para o mês desde 2016, e a 10,76% em 12 meses, veio "acima do esperado pela maior parte dos analistas de mercado, colocando mais lenha na fogueira das preocupações sobre a velocidade da alta de preços", observa Rachel de Sá, chefe de economia da Rico Investimentos.

"Assim como temos visto em boa parte do mundo, a alta foi impulsionada especialmente por bens industrializados - como carros (novos e usados), roupas e artigos de casa", observa a economista, que mantém projeção de IPCA a 5,2%, em forte ajuste em relação aos níveis atuais, no fechamento do ano - embora ressalve a acentuação do risco de que fique acima disso, ante as pressões sobre os preços.

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A percepção de que o BC manterá o pulso firme na condução dos aumentos da Selic, de forma a ancorar as expectativas sobre a inflação, e o grau de correção já promovido pela autoridade monetária na taxa de juros de referência mantêm o 'carry trade' vivo, atraindo fluxo externo em momento no qual os juros ainda não começaram a subir nos Estados Unidos e na zona do euro, e em que os juros reais colocam o Brasil como opção competitiva frente a outros emergentes. Ainda assim, o grau de correção do câmbio visto até aqui é matéria de controvérsia.

"Chegou a ser cotado a R$ 5,60, R$ 5,70, e agora a gente já está olhando na tela a R$ 5,05. Os motivos para essa queda ainda não são tão assertivos. Não tivemos uma alteração substantiva do fundamento Brasil. O risco segue o mesmo, o fiscal, o mesmo, e o CDS continua no mesmo patamar. Ainda temos um risco grande de nova legislação passar no Senado e na Câmara, colocando a trajetória fiscal brasileira em ritmo pior. No final das contas, eu vejo esse R$ 5,05 com um potencial de alta", avalia em nota o economista-chefe da Ativa Investimentos, Étore Sanchez.

No fechamento do dia, o dólar à vista marcava R$ 5,0042, em queda de 0,95% na sessão, no menor nível desde 30 de junho.

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