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Ibovespa inicia o mês em baixa de 1,29%, a 115 mil pontos, com aversão global

Vindo de três ganhos no fechamento do mês anterior, o Ibovespa iniciou outubro pressionado pela aversão a risco global, que resultou em forte avanço dos rendimentos dos Treasuries nesta abertura de semana. Assim, o índice da B3 encerrou o dia bem mais per

Luís Eduardo Leal (via Agência Estado)

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Escrito por Luís Eduardo Leal (via Agência Estado)
Publicado em 02.10.2023, 17:39:00 Editado em 02.10.2023, 17:43:40
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Vindo de três ganhos no fechamento do mês anterior, o Ibovespa iniciou outubro pressionado pela aversão a risco global, que resultou em forte avanço dos rendimentos dos Treasuries nesta abertura de semana. Assim, o índice da B3 encerrou o dia bem mais perto da mínima (114.761,10) do que da máxima (116.672,30) da sessão, saindo de abertura aos 116.565,17 pontos. Ao fim, mostrava queda de 1,29%, a 115.056,86, com giro fraco, a R$ 15,8 bilhões. No ano, o índice sobe 4,85%.

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Ainda no começo da tarde, os juros dos Treasuries ampliavam alta, levando os rendimentos da T-note de 10 anos ao maior nível em 16 anos e os do T-bond de 30 anos a tocar recorde de 13 anos. Nesse contexto de aversão a risco, as ações de maior peso e liquidez operaram em sentido único, negativo. A deterioração do Ibovespa, do meio para o fim da tarde, seguiu a acentuação de perdas em Petrobras ON e PN, então nas respectivas mínimas do dia, acompanhando o Brent em queda perto de 2% na sessão, no piso do dia para o barril. No fechamento, Petrobras ON mostrava baixa de 1,90% e a PN, de 1,50%

Assim, o Ibovespa, após ter encerrado a sexta-feira aos 116,5 mil pontos, retrocedeu hoje, durante a sessão mas não no fechamento, aos níveis de terça e quarta-feira passadas, quando havia terminado nos menores patamares desde o começo de junho.

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"Início de outubro e mercado não resiste: a aversão a risco global voltou a dar o tom, sem que o impedimento do 'shutdown' nos Estados Unidos, com a votação no Congresso americano no sábado, contribuísse para a melhora da confiança neste início de semana", diz Dennis Esteves, sócio e especialista da Blue3 Investimentos. À tarde, acrescenta o analista, veio a piora, em cima também de novas falas do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, que foi "duro com relação à estabilidade de preços."

"Dia bastante difícil, com a Bolsa brasileira respondendo à dinâmica de juros lá fora, com forte pressão também sobre as ações cíclicas domésticas, entre as quais as 'small caps' papéis de menor capitalização de mercado, que costumam amplificar movimentos em relação ao Ibovespa, especialmente quando este opera sob pressão, como hoje", diz João Piccioni, analista da Empiricus Research. "Bolsa inteira, praticamente, veio para baixo", acrescenta.

Sem negócios na China em razão do feriado da "Semana Dourada" e, dessa forma, sem referência de preços para o minério nesse intervalo, o dia na B3 foi negativo também para o setor metálico, com Vale ON em baixa de 0,87% - e que inclui a siderurgia (Gerdau PN -1,45%, CSN ON -0,99%). A sessão foi ruim para o segmento de maior peso no índice, o financeiro, com destaque, entre os grandes bancos, para Bradesco (ON -1,58%, PN -1,40%).

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Na ponta perdedora do Ibovespa nesta segunda-feira, Vamos (-8,41%), MRV (-6,56%) e Azul (-6,15%), com Fleury (+3,37%), BB Seguridade (+2,34%), BRF (+2,06%) e Minerva (+1,73%) na fila oposta, em que 13 papéis, dos 86 que constituem a carteira Ibovespa, conseguiram evitar perdas na sessão.

Na agenda doméstica, destaque nesta segunda-feira para os números do Caged, sobre a geração de vagas de trabalho, que "surpreendeu positivamente" em agosto, acima do teto das expectativas para o mês, aponta Camila Abdelmalack, economista-chefe da Veedha Investimentos.

"Temos sinais de que a desaceleração do mercado de trabalho é bastante gradual, com as admissões fazendo frente às demissões. O mercado de trabalho ainda está aquecido, o que resulta em um crescimento forte para o PIB em 2023", acrescenta a economista, destacando o desempenho do setor de serviços na geração de vagas em agosto, responsável por quase 52% do saldo do Caged - e um segmento com peso de pouco mais de 70% no PIB. "A desaceleração do setor de serviços tem se mostrado também mais gradual do que se previa."

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