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Ibovespa faz pausa após ganho e cai 0,65%, aos 124 mil pontos

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Após ter subido quase 2% ontem, o Ibovespa sustentou a linha dos 124 mil pontos nesta terça-feira, 28, mas não conseguiu evitar o sinal negativo, em baixa de 0,65% no fechamento, aos 124.055,50. O índice oscilou dos 123.972,72 aos 124.880,76 pontos, saindo de abertura aos 124.861,27 pontos. O giro se enfraqueceu a R$ 16,3 bilhões. Na semana, o Ibovespa acumula ganho de 1,31% e, no mês, avança 3,14%.

Assim como as ações de primeira linha operaram em bloco no positivo ontem, devolveram parte ou integralmente os ganhos nesta terça-feira, com destaque negativo para Vale (ON -2,43%) e Petrobras (ON -0,24%, PN -0,13%). Entre os grandes bancos, o desempenho foi misto, com destaque para Banco do Brasil, que cedeu hoje 0,65% - após ter subido 4% ontem e fechado na máxima do dia. Bradesco PN (+0,43%) e Itaú (PN +0,18%) conseguiram encerrar em leve alta a sessão.

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Na ponta perdedora do Ibovespa nesta terça-feira, Cogna (-5,00%), CVC (-4,84%) e Vibra (-4,08%). No lado oposto, IRB (+3,77%), Azzas (+1,81%) e Engie (+1,72%).

"O dia foi de realização na Bolsa, e com volume baixo. Setor de bancos teve desempenho um pouco melhor do que a média do mercado, com a proximidade do início da temporada de balanços do setor, e expectativa positiva para os números", diz Rodrigo Moliterno, head de renda variável da Veedha Investimentos. Por outro lado, o setor de mineração e siderurgia foi destaque negativo, tanto por conta da possibilidade de tarifas nos EUA como também por um relatório do Citi, em que o banco avalia que a demanda por aço e minério na China deve diminuir, acrescenta Moliterno. Neste começo de noite, a Vale traz novo relatório de produção.

Petrobras, por sua vez, operou em direção contrária ao sinal da commodity no fechamento de Londres (Brent) e Nova York (WTI). O mercado doméstico volta a prestar atenção à defasagem entre preços internos e do exterior - e a contatos entre o governo e o comando da estatal quanto a possíveis reajustes.

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Amanhã, a atenção do mercado estará concentrada nas deliberações sobre juros, nos Estados Unidos e no Brasil. "Diferente do Banco Central brasileiro que tem elevado a Selic, e deve voltar a fazê-lo amanhã, com mais 100 pontos-base, o Federal Reserve deve encerrar a sequência de cortes de juros nos EUA, deixando a banda de referência entre 4,25% e 4,50%. Apesar da manutenção dos juros ser melhor que aumento, o fato de as taxas americanas permanecerem elevadas reduz as entradas de dólar que teríamos com nossos juros elevados, mantendo o câmbio alto por mais tempo", diz Marcello Carvalho, economista da WIT Invest.

Ainda assim, o mercado continua a retirar prêmio do câmbio, após um início de governo Trump menos disruptivo do que se temia para o comércio exterior. Hoje, o dólar à vista cedeu 0,74%, a R$ 5,8696.

"Não havendo surpresas com relação aos juros nos EUA e no Brasil, o que importará, amanhã, serão os comunicados. Para os Estados Unidos, será relevante verificar em que medida serão sinalizados novos pontos de atenção sobre a resistência da inflação em convergir para a meta - e, particularmente, se serão feitas menções a potenciais medidas do novo governo", avalia Danilo Igliori, economista-chefe da Nomad. "No Brasil, os esforços estarão em tentar antecipar o ritmo de aumento e o nível terminal da Selic neste ciclo de aperto monetário. Desde a última reunião do Copom, houve mais deterioração nas expectativas para a inflação neste ano, e não tivemos avanços nas discussões sobre ajustes fiscais."

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Nos Estados Unidos, após as grandes empresas de tecnologia terem perdido US$ 1 trilhão em valor de mercado ontem, com o aparecimento de uma startup chinesa desafiadora à hegemonia americana em IA, o dia foi de recuperação parcial, com o índice Nasdaq em alta de 2,03% no fechamento da sessão, após recuo de 3,07% no dia anterior. "A DeepSeek ganhou notoriedade global com avanços que podem reconfigurar mercados e setores industriais. A inovação com uma IA mais barata e menos dependente de chips ultrapotentes trouxe volatilidade aos mercados acionários e gerou cautela entre investidores, que ainda avaliam como a tecnologia poderá afetar as principais economias do mundo", diz Inácio Alves, analista da Melver.

Em relatório de estratégia global macro, o Citi observa que a DeepSeek é um fator de risco para a narrativa sobre o "excepcionalismo dos EUA", ao trazer questionamento adicional quanto ao domínio das "Sete Magníficas" Alphabet, Amazon, Apple, Meta, Microsoft, Nvidia e Tesla que havia chegado ao topo em momento próximo ao da eleição americana, em novembro passado.

O Citi, contudo, avalia que o momento de alta para as ações nos Estados Unidos não se encerrou, embora o desempenho tenda a ser superado agora pelo mercado de juros americanos e, também, pelos mercados de ações na China e no Reino Unido. Na avaliação do Citi, tanto as bolsas com muita exposição a tecnologia como a commodities tendem a apresentar desempenho inferior ao das alternativas acima.

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