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Ibovespa dribla decisão de Moody's e sobre aço pelos EUA e sobe com alta forte do petróleo

A duplicação das tarifas de aço e alumínio pelo presidente dos EUA, Donald Trump, anunciada na sexta-feira, 30, à noite, gera cautela nas bolsas internacionais nesta segunda-feira, 2. Ainda assim, o Ibovespa avança estimulado principalmente pela valorizaç

Maria Regina Silva (via Agência Estado)

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Escrito por Maria Regina Silva (via Agência Estado)
Publicado em 02.06.2025, 11:56:00 Editado em 02.06.2025, 12:09:19
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A duplicação das tarifas de aço e alumínio pelo presidente dos EUA, Donald Trump, anunciada na sexta-feira, 30, à noite, gera cautela nas bolsas internacionais nesta segunda-feira, 2. Ainda assim, o Ibovespa avança estimulado principalmente pela valorização de cerca de 3,00% do petróleo no exterior. O dólar ante o real cede, influenciando também os juros futuros e consequentemente alguns papéis mais sensíveis ao ciclo de juros na B3.

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"Há queda global do dólar, reagindo a essa nova rodada de tarifas de Trump sobre aço e alumínio. Isso juntamente com a alta petróleo contribui para um maior apetite por risco no mercado brasileiro", afirma Bruna Sene, analista de renda variável da Rico. Sene destaca ainda a elevação de mais de 6,00% nos papéis da Gerdau, que tem boa parte de suas receitas provenientes dos EUA. "De certa forma, o papel acaba se beneficiando desse aumento das tarifas", completa a analista da Rico.

Ao mesmo tempo, investidores digerem a decisão da Moody's de mudar de positiva para estável a perspectiva (ou tendência) da nota de rating do Brasil, alegando aumento excessivo da dívida do País. Conforme a agência, a dívida pública projetada deve se estabilizar em torno de 88% do PIB nos próximos cinco anos, um aumento frente a 82% estimados em outubro de 2024.

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"Mudou o outlook perspectiva para corrigir um grande erro se alinhando às outras agências S&P e Fitch. A dinâmica da dívida brasileira está elevada, o déficit está aumentando. A nossa situação fiscal é ruim. O mercado já tem na cabeça que o risco fiscal é alto, que esse governo seguirá adotando medidas sociais que atrapalham melhora fiscal", avalia Alexandre Mathias, estrategista-chefe da corretora Monte Bravo.

Para Silvio Campos Neto, a decisão da agência em si não surpreende, dado que a nota da Moody's ainda se encontra um nível acima da concedida pelas agências S&P e Fitch. "O imbróglio em torno do IOF também permanece no radar, como um lembrete de que a situação fiscal atual não é sustentável", reforça o economista sênior em relatório. "Assim, parece haver pouco incentivo para apostas positivas em torno de ativos domésticos", completa.

O petróleo avança em torno de 3% e ajuda os papéis da Petrobrás. Ainda fica no radar aumento no preço do querosene pela estatal a partir de ontem. A commodity avança a Opep+ decidir ampliar sua oferta em julho no mesmo volume previsto para os dois meses anteriores, em linha com as expectativas dos mercados, e em meio a crescentes tensões entre Rússia e Ucrânia.

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Mesmo sem referência do minério de ferro em Dalian, devido a feriado na China, as ações da Vale subiam 0,79% às 11h07.

Na sexta-feira, quando a Moody's divulgou sua decisão sobre o rating brasileiro, os mercados já haviam fechados. O Ibovespa encerrou em baixa de 1,09%, aos 137.026,62 pontos, mas finalizou o mês com alta de 1,45%.

Entre as divulgações desta manhã, o boletim Focus trouxe nova melhora na expectativa para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). A mediana o IPCA suavizado nos próximos 12 meses passou de 4,86% para 4,81%. Para a Selic, a projeção no Focus seguiu em 14,75% para o fim de 2025 e para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) arrefeceu para 2,13%.

Às 11h07, o Ibovespa subia 0,22%, aos 137.332,06 pontos, após alta de 1,05%, aos 138.471,10 pontos, vindo de abertura em 137.026,43 pontos, com variação zero. Petrobras tinha alta de cerca de 1,00%. Entre papéis mais sensíveis ao ciclo econômico, Magazine Luiza subia 5,42%, figurando entre as oito maiores altas da carteira teórica.

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