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Ibovespa dá continuidade a ganho passado com NY e alívio nos juros futuros

A valorização dos principais mercados de ações mundiais e do petróleo impulsiona o Ibovespa, que saiu no nível dos 130 mil pontos para a marca dos 131 mil pontos nesta segunda-feira, 12. Desta forma, volta a operar na pontuação vista pela última vez na se

Maria Regina Silva (via Agência Estado)

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Escrito por Maria Regina Silva (via Agência Estado)
Publicado em 12.08.2024, 11:46:00 Editado em 12.08.2024, 11:51:01
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A valorização dos principais mercados de ações mundiais e do petróleo impulsiona o Ibovespa, que saiu no nível dos 130 mil pontos para a marca dos 131 mil pontos nesta segunda-feira, 12. Desta forma, volta a operar na pontuação vista pela última vez na segunda quinzena de janeiro deste ano.

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A alta ocorre apesar do recuo de 1,08% do minério de ferro em Dalian, na China, e mesmo após a alta de 1,52% do Índice Bovespa, aos 130.614,59 pontos, no fechamento na sexta. Na semana, subiu 3,78%.

Como reforça Matheus Spiess, analista da Empiricus Research, o recuo das bolsas americanas entre o dias 2 e 5, principalmente, por conta de temores de uma recessão nos Estados Unidos, foi exagerada. Desde então, há um processo de recuperação principalmente por dois fatores. "Dá continuidade", afirma.

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Ao mesmo tempo, os investidores avaliam os sinais moderados de alívio na expectativa para a inflação brasileira em 2025. A mediana das projeções para o indicador fechado no ano que vem diminuiu de 3,98% para 3,97% em 2025, foco da política monetária, no boletim Focus divulgado hoje.

"É uma notícia boa. Afinal de contas é a primeira queda desde março", afirma a economista-chefe da B.Side Investimentos, Helena Veronese. Contudo, a economista pondera que o arrefecimento não significa mudança de cenário, lembrando que o IPCA de julho veio forte. Na ocasião, elevou as apostas de alta da Selic. Para 2024, a estimativa no boletim para o indicador deste ano subiu de 4,59% para 4,75%.

Apesar de o IPCA de 2025 ser o principal foco da política monetária, Spiess, da Empiricus, acredita que os agentes do mercado estão atentos à inflação de curto prazo, já que o IPCA de julho no acumulado de 12 meses, informado na sexta, de 4,06%, está se aproximando cada vez mais do teto da banda do Banco Central, de 4,50%. "Assim, as atenções ficam mais para o curto prazo. Tem tanta coisa para acontecer até 2025, principalmente no fiscal, ainda mais agora com a volta do Congresso aos trabalhos", diz.

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Aliás, em meio a riscos fiscais, a Monte Bravo manteve hoje sua projeção para o Índice Bovespa no final deste ano em 145 mil pontos. A estimativa ficou inalterada apesar da recente deterioração nos mercados mundiais, afirma o relatório assinado pelo estrategista-chefe Alexandre Mathias. Segundo ele, muitos papéis terão desempenho bem superior ao Ibovespa.

"Ativos brasileiros só irão surfar a onda favorável, se o ajuste fiscal for crível", alerta. Na sua visão, o Federal Reserve deve cumprir roteiro do cenário-base da corretora, cortando sequencialmente no ritmo de 0,25 ponto porcentual partir de setembro.

De todo modo, há viés de baixa nas taxas futuras de juros no Brasil hoje, o que estimula algumas ações ligadas ao ciclo econômico. Nos EUA, os rendimentos dos Treasuries também passaram a ceder há instantes.

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"Há uma rotação setorial de ações de big techs para papeis da economia tradicional, por exemplo, que era um tema que vinha antes de sexta e de segunda passadas", diz o analista da Empiricus.

Outro ponto, cita Spiess, é a ansiedade dos investidores enquanto esperam novos sinais da economia americana por parte principalmente do CPI, índice de preços ao consumidor, que sairá na quarta-feira. "Se desacelerar ou vier abaixo do esperado, podemos ter um sentimento mais positivos para os preços de ativos de risco globais, porque aumentaria a chance de corte dos juros americanos em setembro, diz.

Enquanto a agenda de indicadores e eventos da semana não ganha força, os investidores se apegam à ideia de que os Estados Unidos podem escapar de uma recessão, como sugeriram alguns indicadores recentemente.

Nesta segunda-feira, os investidores avaliam alguns resultados corporativos do segundo trimestre, como o prejuízo da Azul após lucro um ano antes, e as falas do presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, e do diretor Gabriel Galípolo, que participam de eventos.

Às 11h24, Ibovespa subia 0,48%, aos 131.241,71 pontos, após avançar 0,80%, na máxima aos 131.661,90 pontos. Além do recuo de 0,79% de Vale ON, na esteira do minério, Azul liderava o grupo das quedas, ao ceder 7,92%, depois de divulgar prejuízo no segundo trimestre. Ações de primeira linha como Petrobras - que avançavam em torno de 2,80% - e de grandes bancos são destaques. Contudo, as do setor financeiro tinham ganhos menos robustos, de até 0,92% (Bradesco ON).

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