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Ibovespa cai para a faixa dos 127 mil pontos após dados dos EUA e varejo forte no Brasil

O Ibovespa passou a cair para a faixa dos 127 mil pontos na manhã desta quinta-feira, 14, depois de ter subido 0,20%, com máxima aos 128.255,78 pontos, em meio à virada para baixo das bolsas americanas. Ao mesmo tempo, os rendimentos dos Treasuries aceler

Maria Regina Silva (via Agência Estado)

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Escrito por Maria Regina Silva (via Agência Estado)
Publicado em 14.03.2024, 11:29:00 Editado em 14.03.2024, 11:35:10
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O Ibovespa passou a cair para a faixa dos 127 mil pontos na manhã desta quinta-feira, 14, depois de ter subido 0,20%, com máxima aos 128.255,78 pontos, em meio à virada para baixo das bolsas americanas. Ao mesmo tempo, os rendimentos dos Treasuries aceleravam a alta, impactando os juros futuros no Brasil, que ainda se ressentiam do aumento acima do esperado das vendas varejistas brasileiras em janeiro.

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Nesta quinta, nos Estados Unidos, foram divulgados o índice de preços ao produtor (PPI, na sigla em inglês), as vendas do varejo e os pedidos de auxílio-desemprego, que eram aguardados pelo mercado financeiro para ajustar as apostas para a política monetária norte-americana a poucos dias da decisão sobre juros do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos).

O PPI do país subiu 0,6% em fevereiro ante janeiro, ficando acima da expectativa de analistas de 0,3%. O núcleo do PPI que exclui alimentos e energia aumentou 0,3% na comparação mensal de fevereiro (previsão: 0,2%). Já as vendas no varejo dos Estados Unidos subiram 0,6% em fevereiro ante janeiro. A projeção era de avanço de 0,7% no período.

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Na avaliação de Rodrigo Ashikawa, economista da Principal, o saldo dos resultados dos dados americanos é de uma inflação um pouco mais pressionada, o que justifica a pressão nos Treasuries. "O cenário-base do mercado ainda é de início do corte dos juros em junho", diz. Na semana que vem, espera-se que o Fed mantenha as taxas no nível atual. "Nesta reunião, pode nem trazer muitas novidades. O Fed pode manter-se mais cauteloso, sem querer se comprometer, mantendo a ideia de redução em junho", estima.

"Os dados americanos vieram inflacionários. E tem um agravante: com o petróleo acima de 1% ganhando cada vez mais força, isso é inflacionário aqui e nos Estados Unidos. Nas apostas, caiu a chance de início do corte dos juros em junho mas ainda essa ideia é predominante", avalia o estrategista-chefe do Grupo Laatus.

No Brasil, o IBGE informou as vendas varejistas de janeiro, que cresceram 2,5% ante dezembro. Quanto ao varejo ampliado, que inclui as atividades de material de construção, de veículos e de atacado alimentício, as vendas subiram 2,4% em janeiro ante dezembro. Ambos os resultados vieram acima de todas as estimativas colhidas na pesquisa Projeções Broadcast.

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"Tanto as vendas aqui como nos Estados Unidos têm mostrado volatilidade. Estamos confortáveis, com a projeção de crescimento de 1,6% do PIB neste ano, e para o Banco Central é apenas um dado", avalia Ashikawa.

Na semana que vem, o Comitê de Política Monetária (Copom) deve cortar a Selic em meio ponto porcentual, que hoje está em 11,25% ao ano. "O BC tem se mostrado mais atento ao desempenho da inflação de serviços", completa o economista da Ashikawa.

Os juros futuros avançam, seguindo a alta dos títulos do Tesouro dos EUA, e após as vendas do varejo do Brasil.

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Ao mesmo tempo, as ações da Petrobras reduziam os ganhos e as da Vale aceleravam a queda, cedendo em torno de 1,00%, à medida que o minério de ferro fechou em baixa de 2,63% em Dalian, na China. As demais ações ligadas ao segmento metálico também cedem.

Ontem, os papéis da mineradora subiram 0,64%, com o Índice Bovespa avançando pelo segundo pregão seguindo, ao ter elevação de 0,26%, aos 128.006,05 pontos. Ainda ficam no radar os ruídos políticos envolvendo a Vale e a Petrobras.

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Sobre as recentes críticas à petrolífera, o presidente da estatal, Jean Paul Prates, disse na quarta-feira, no X, que falar em 'intervenção' é "querer criar dissidências, especulação e desinformação". Segundo o presidente da Petrobras, o mercado "ficou nervoso" que foram retidos a "caráter de adiamento e reserva".

Contudo, as incertezas sobre a decisão da Petrobras em reter o pagamentos de dividendos extraordinários seguem preocupando os investidores, que têm saído da estatal e também da B3, especialmente os estrangeiros. Até o dia 12, neste ano, há saída de R$ 23,2 bilhões em capital externo.

O investidor também olha o balanço da Eletrobras, que saiu de prejuízo para lucro no quarto trimestre do ano passado, e propôs o pagamento de dividendos.

Às 11h18, o Ibovespa caía 0,03%, aos 127.970,16 pontos, ante recuo de 0,39%, na mínima aos 127.511,37 pontos, depois de ter avançado 0,20%, aos 128.255,78 pontos (máxima). Vale caía 0,96% e Petrobras subia 0,41% (PN) e 0,11% (ON).

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