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Ibovespa cai 1,30%, a 117,7 mil pontos, e recua 1,00% na semana

Com piora em Petrobras (ON -2,11%, PN -1,96%) e Vale (ON 0,00%), o Ibovespa acentuou a correção desta sexta-feira, do meio para o fim da tarde, colhendo perda de 1,00% na semana. Dessa forma, mais do que reverteu o leve avanço de 0,69% que havia acumulado

Luís Eduardo Leal (via Agência Estado)

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Escrito por Luís Eduardo Leal (via Agência Estado)
Publicado em 14.07.2023, 17:50:00 Editado em 14.07.2023, 20:58:01
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Com piora em Petrobras (ON -2,11%, PN -1,96%) e Vale (ON 0,00%), o Ibovespa acentuou a correção desta sexta-feira, do meio para o fim da tarde, colhendo perda de 1,00% na semana. Dessa forma, mais do que reverteu o leve avanço de 0,69% que havia acumulado no intervalo anterior. Em consolidação nas últimas três semanas, de ontem para hoje o Ibovespa basicamente devolveu o que havia visto um dia antes, dos 119 mil aos 117 mil, retornando ao nível do meio da semana, uns 200 pontos abaixo do patamar em que havia encerrado a segunda-feira, então aos 117,9 mil.

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Passado o efeito da aprovação da reforma tributária na Câmara, o Ibovespa não conseguiu acompanhar, nesta semana, o sinal positivo de Nova York, após leituras benignas sobre a inflação ao consumidor e ao produtor em junho terem contribuído para reanimar a percepção de que o ciclo de elevação de juros nos Estados Unidos esteja perto de nova pausa, após a reunião do fim de julho. Assim, os ganhos em Nova York, na semana, ficaram entre 2,29% (Dow Jones) e 3,32% (Nasdaq), com o índice amplo (S&P 500) também no positivo, em alta de 2,42% no intervalo.

Hoje, os índices de NY perderam o sinal único na sessão perto do fim da tarde, com os investidores ponderando alertas de banqueiros de Wall Street quanto a sinais econômicos que sugerem a possibilidade de recessão mais à frente. Dessa forma, Dow Jones encerrou o dia em alta de 0,33%, mas S&P 500 e Nasdaq cederam, respectivamente, 0,10% e 0,18%.

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"Ambas as economias EUA e Brasil dão sinais de uma desaceleração gradual da atividade, ao mesmo tempo em que o mercado de trabalho se mostra resiliente e oferece riscos para o processo de convergência da inflação, sobretudo para o componente de serviços", aponta em nota a BlueLine Asset Management.

Aqui, o Ibovespa oscilou entre 117.525,54 e 119.328,65 nesta sexta-feira, em que fechou em baixa de 1,30%, aos 117.710,54 pontos. Como ontem, o giro financeiro se manteve moderado nesta última sessão da semana, a R$ 21,5 bilhões. No mês, o Ibovespa segue em baixa de 0,32% e, no ano, avança 7,27%.

"Entre as 'large caps' ações de maior capitalização de mercado, Vale e Bradespar +0,04% no fechamento chegaram a segurar um pouco o Ibovespa mas perderam força em direção ao fim do dia. As ações ligadas ao ciclo doméstico foram muito afetadas hoje pelos dados do IBGE sobre as vendas do varejo em maio, que trouxeram um pouco de mau humor para o mercado", diz João Piccioni, analista da Empiricus Research, acrescentando que tal ajuste tende a se mostrar pontual, possivelmente restrito ao pregão de hoje.

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O índice de consumo (ICON), correlacionado à demanda interna, fechou o dia em baixa de 2,02%, enquanto o de materiais básicos (IMAT), exposto ao exterior, teve desempenho mais discreto na sessão, em baixa de 0,40% no fechamento.

Entre os maiores perdedores do dia na carteira Ibovespa, nomes do setor de construção, como Eztec (-4,59%), e do varejo, como Petz (-5,58%), atrás de BRF (-6,71%), Azul (-6,29%) e Gol (-5,88%). Destaque negativo também para Hapvida (-3,95%), Locaweb (-3,83%) e Vibra (-3,74%).

No lado oposto, poucas exceções positivas nesta sexta-feira, em que apenas quatro ações do Ibovespa conseguiram encerrar o dia em terreno positivo. Destaque absoluto para Méliuz (+13,26%), após relatório do BTG Pactual indicar potencial de 153% de valorização para o papel, considerando o nível de fechamento de ontem. Muito à distância, completaram a lista de altas da sessão: Suzano (+0,41%), Copel (+0,12%) e Bradespar (+0,04%).

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"Com a agenda local mais esvaziada, os investidores reagiram ao recuo de 1% nas vendas do varejo em maio ante abril", observa em nota Luiz Felipe Bazzo, CEO do transferbank. "No cenário político, os investidores devem ficar atentos ao início das discussões sobre a alíquota do Imposto sobre Valor Agregado (IVA), que deverá atingir um ponto de equilíbrio inferior a 25% no longo prazo."

Apesar do tom menor visto nesta sexta-feira, o otimismo do mercado financeiro sobre o comportamento das ações no curtíssimo prazo deu um salto no Termômetro Broadcast Bolsa desta sexta-feira. A expectativa, entre os participantes, de que a próxima semana será de alta para o Ibovespa atingiu 66,67%, enquanto a de estabilidade tem fatia de 33,33%. Nenhuma das respostas indicou queda. Na última pesquisa, 50,00% diziam que o índice fecharia a atual semana com ganho; 16,67%, com perda; e 50,00% com variação neutra.

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