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Ibovespa cai 0,73% no dia, aos 140 mil pontos, acumulando perda de 2,44% na semana

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De volta aos 140 mil pontos, o Ibovespa retroagiu nesta sexta-feira ao menor nível de fechamento desde 3 de setembro, então na faixa de 139,8 mil pontos. Na semana - a terceira consecutiva de desempenho negativo, o que não era visto desde a virada de maio para junho -, o índice acumulou perda de 2,44%, após retrações de 0,86% e de 0,29% nas anteriores.

Nesta sexta, oscilou dos 140.231,24 aos 142.273,75 pontos, saindo de abertura aos 141.725,27 pontos. Ao fim, mostrava baixa de 0,73%, aos 140.680,34 pontos, com giro a R$ 22,5 bilhões nesta sexta-feira. No primeiro terço de outubro, recua 3,80%, moderando os ganhos acumulados no ano a 16,96%.

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Nas oito primeiras sessões de outubro, o Ibovespa obteve ganhos em apenas duas - nos dias 3 (+0,17%) e 8 (+0,56%) - após ter fechado setembro praticamente na máxima histórica, na casa de 146 mil, e chegado no intradia à marca de 147 mil.

Na B3, a aversão a risco, doméstica e externa, puniu nesta sexta as ações de primeira linha: sem exceções, no campo negativo no fechamento. Em Nova York, os principais índices de ações caíram 1,90% (Dow Jones), 2,71% (S&P 500) e 3,56% (Nasdaq), em ajuste acentuado desde o sinal, na virada da manhã para a tarde, de que a Casa Branca mantém a China na mira de novas punições, na disputa política, econômica e comercial realimentada desde o começo do ano. Nesta sexta, o presidente dos EUA, Donald Trump, voltou a ameaçar elevar tarifas ao país asiático.

Nesse contexto, o índice DXY, que contrapõe a moeda americana a referências como euro, iene e libra, cedeu terreno nesta sexta-feira, mas o dólar ganhou força frente ao real, a R$ 5,50 no fechamento. A cautela de fim de semana estimulou a demanda por ativos defensivos, como os Treasuries, pressionando abaixo os rendimentos dos papéis na sessão. A curva do DI, por outro lado, avançou nesta sexta em meio ao pacote imobiliário lançado nesta manhã pelo governo, disposto a manter atividade e estímulos em alta à medida que o ano eleitoral se aproxima.

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Na ponta perdedora do Ibovespa, destaque para CSN (-6,06%), Hapvida (-6,02%) e Braskem (-3,83%). No lado oposto, Engie (+1,45%), Minerva (+1,08%) e Suzano (+1,05%). Entre as blue chips, Vale ON fechou na mínima do dia (-0,41%), enquanto Petrobras (ON -0,75%, PN -0,89%) mostrou ajuste relativamente discreto quando comparado ao tombo em torno de 4% para os preços do petróleo em Londres e Nova York, com o início do cessar-fogo em Gaza.

"Houve sentimento misto no fechamento da semana, com ampliação da alta nos juros futuros especialmente nos vencimentos mais longos, trazendo efeito para a Bolsa e o Ibovespa. Pressão também nas ações do setor de energia, com o ajuste visto no petróleo. E Trump volta a ameaçar a China, o que reforçou a percepção de risco e a cautela dos investidores na sessão. No Brasil, além do geopolítico, o fiscal preocupa também, com incerteza sobre como o governo fará para fechar as contas depois da derrota da MP do IOF, nesta semana", diz Bruna Centeno, economista e advisor na Blue3 Investimentos.

Após três semanas de perdas seguidas para o Ibovespa, o mercado mostra estar mais conservador com relação ao desempenho das ações no curtíssimo prazo, segundo o Termômetro Broadcast Bolsa desta sexta-feira. Entre os participantes, a aposta de alta para o índice da B3 na próxima semana manteve a fatia de 50% vista na edição anterior, mas a parcela que prevê queda subiu de 25% para 30%. Os que esperam estabilidade agora são 20%, de 25% na pesquisa anterior.

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Se, por um lado, o governo encontrou obstáculo nesta semana no Congresso para ampliar a arrecadação por meio de aumento de imposto - o que mantém em aberto a questão sobre como fará para fechar as contas públicas -, por outro lançou nesta sexta iniciativas para ampliar acesso ao crédito imobiliário, em momento no qual as expectativas de inflação vinham arrefecendo apesar das dúvidas persistentes sobre a gestão fiscal.

"Ainda não há clareza quanto a como o governo conseguirá dinheiro para suprir o rombo, e anunciou hoje outra medida populista, de mudanças no financiamento no crédito imobiliário, porque sabe que a eleição de 2026 está se aproximando, o que obviamente deixa o mercado muito tenso", resume Alison Correia, analista da Dom Investimentos, destacando em especial a pressão observada no câmbio nesta sexta-feira, em que a moeda norte-americana fechou em alta de 2,39% frente ao real, a R$ 5,5037, tendo chegando na máxima do dia a R$ 5,5187.

Para Bruna Sene, analista de renda variável na Rico, "a tão esperada correção do Ibovespa chegou" após uma sequência de recordes históricos, o que o coloca agora em nível de suporte importante, na região dos 140 mil pontos. "Apesar da queda, esse movimento não muda a tendência de alta no médio e longo prazo. Essa correção pode abrir boas oportunidades para entrada em ativos com preços mais atrativos", acrescenta.

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