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Ibovespa cai 0,53%, a 118,7 mil pontos, mas avança quase 3% na semana

Aqui e em Nova York, investidores evitaram tomar risco na última sessão de semana que antecede decisões sobre a Selic e a taxa de juros de referência dos Estados Unidos, ambas na próxima quarta-feira. Assim, o Ibovespa permaneceu em faixa relativamente es

Luís Eduardo Leal (via Agência Estado)

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Escrito por Luís Eduardo Leal (via Agência Estado)
Publicado em 15.09.2023, 18:09:00 Editado em 15.09.2023, 18:14:52
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Aqui e em Nova York, investidores evitaram tomar risco na última sessão de semana que antecede decisões sobre a Selic e a taxa de juros de referência dos Estados Unidos, ambas na próxima quarta-feira. Assim, o Ibovespa permaneceu em faixa relativamente estreita esta sexta-feira, de mínima a 118.666,46, no fim da tarde, à máxima de 119.780,20, em variação de pouco mais de 1,1 mil pontos até o fechamento aos 118.757,53, em baixa de 0,53%. O giro financeiro subiu a R$ 29,6 bilhões, em dia de vencimento de opções sobre ações. Em Nova York, as perdas ficaram entre 0,83% (Dow Jones) e 1,56% (Nasdaq) na sessão. Na semana, com a alta nas quatro sessões anteriores, o Ibovespa obteve ganho de 2,99% até a sexta-feira, no que foi o melhor desempenho desde o intervalo entre 5 e 9 de junho, quando havia avançado 3,96%. Dessa forma, mais do que reverteu a baixa de 2,19% da semana passada, que havia sucedido ganhos de 1,77% e 0,37%. O índice progrediu em três das últimas quatro semanas, vindo de perdas nas quatro anteriores, no intervalo iniciado em 24 de julho e que se estendeu a 18 de agosto. No mês, o Ibovespa sobe 2,61% e, no ano, 8,22%. Para Danilo Igliori, economista-chefe da Nomad, as projeções dos analistas sobre as decisões de juros da próxima semana estão bem próximas de "consenso", mas há "divergência" sobre o que pode emergir nos comunicados, como indicação para os próximos passos na condução das políticas monetárias. "Mais do que as justificativas que embasarão as decisões, analistas e operadores estarão interessados nos sinais do que poderá vir pela frente", enfatiza. Além do Fed e do Copom, haverá a decisão do Banco da Inglaterra, no dia seguinte, quinta-feira. Para o Copom, "existe amplo consenso de que na próxima semana haverá mais um corte de 0,5 ponto porcentual na Selic e as dúvidas recaem sobre se já será revelado que o Comitê considera a possibilidade de acelerar o ritmo de redução para 0,75 ponto porcentual ainda este ano", acrescenta o economista, ressalvando que o cenário-base continua a ser de manutenção do ritmo de cortes, com a Selic encerrando 2023 a 11,75% ao ano. Por sua vez, nos EUA, os dados de inflação divulgados nesta semana que antecede a deliberação sobre os juros "vieram um pouco mais pressionados", diz Helena Veronese, economista-chefe da B.Side Investimentos. "Mas quando olhamos para a abertura do indicador, o que fez essa inflação ficar um pouco mais alta, tanto no CPI ao consumidor quanto no PPI ao produtor, foram itens voláteis, como passagem aérea, combustíveis e veículos usados. O núcleo, que exclui esses itens mais voláteis e sazonais, continuou desacelerando", acrescenta a economista, que considera que os juros de referência nos Estados Unidos serão mantidos na reunião. Com a cautela que prevaleceu nesta véspera de fim de semana, as ações de maior liquidez na B3, que ontem haviam subido em bloco, hoje tiveram desempenho majoritariamente negativo, em variações que ganharam impulso perto do encerramento da sessão. Assim, Vale ON cedeu 0,83%, na mínima do dia no fechamento; Petrobras ON e PN, que mostravam perdas inferiores a 1% mais cedo, encerraram o dia sem sinal único, com a ON em queda de 1,47%, na mínima do dia no fechamento, e a PN, em leve alta de 0,06%. As ações de grandes bancos tiveram variação negativa nesta sexta-feira, entre -0,20% (Bradesco PN) e -3,63% (Unit do Santander, piso do dia no encerramento). BB ON se desgarrou, em leve alta de 0,34% nesta sexta-feira. Na semana, contudo, o desempenho foi positivo para as principais ações do Ibovespa, com Petrobras (ON) e Vale (ON) mostrando ganhos na casa de 6,8% em setembro - na semana, destaque para Vale, que avançou 4,24%. Entre os grandes bancos, destaque na semana para Bradesco PN, em alta de 3,76% no intervalo - apenas Unit do Santander (-1,81%) não avançou no período, entre as maiores instituições financeiras. Aparando os ganhos na semana, as ações da Petrobras não acompanharam hoje o desempenho moderadamente positivo do petróleo, com o Brent subindo mais um degrau, agora a US$ 94 por barril, após uma nova sequência de dados reanimadores sobre a economia chinesa, nesta sexta-feira. Na China, a produção industrial subiu 4,5% em agosto, e as vendas do varejo, 4,6%, números bem acima do esperado. O único dado que veio abaixo da expectativa foi o de investimento em ativos fixos, que cresceu 3,2%", observa em nota a Guide Investimentos. Na ponta ganhadora do Ibovespa na sessão desta sexta-feira, Energisa (+4,90%), Azul (+3,36%) e São Martinho (+3,00%), com Via (-15,56%) - ainda na esteira da precificação do

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-, IRB (-7,24%) e Carrefour Brasil (-7,04%) no canto oposto. O mercado financeiro mantém-se otimista sobre o desempenho das ações no curtíssimo prazo, segundo o Termômetro Broadcast Bolsa desta sexta-feira. Entre os participantes, 57,14% acreditam que a próxima semana será de ganhos para o Ibovespa e 42,86% preveem variação neutra para o índice, sem respostas indicando baixa. No levantamento anterior, 60,00% disseram que a Bolsa teria alta nesta semana e 40,00%, estabilidade, também sem projeções de queda.

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