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Ibovespa cai 0,37%, aos 117,8 mil pontos, em baixa pelo 3º dia seguido

Em variação de apenas 830 pontos entre a mínima (117.627,67) e a máxima (118.457,81) da sessão, o Ibovespa encerrou esta véspera de reuniões do Copom e Fed em baixa de 0,37%, aos 117.845,78 pontos, saindo de abertura aos 118.293,14. Ainda que em discreta

Luís Eduardo Leal* (via Agência Estado)

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Escrito por Luís Eduardo Leal* (via Agência Estado)
Publicado em 19.09.2023, 17:45:00 Editado em 19.09.2023, 17:50:31
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Em variação de apenas 830 pontos entre a mínima (117.627,67) e a máxima (118.457,81) da sessão, o Ibovespa encerrou esta véspera de reuniões do Copom e Fed em baixa de 0,37%, aos 117.845,78 pontos, saindo de abertura aos 118.293,14. Ainda que em discreta oscilação desde o fechamento da última quinta-feira, quando subiu 1,03%, foi a terceira perda consecutiva para o índice da B3, que ainda avança 1,82% no mês e 7,39% no ano - na semana, cai 0,77%. O giro financeiro desta terça-feira ficou um pouco acima do limiar de R$ 20 bilhões, a R$ 21,5 bilhões. Na B3, Petrobras se destacava mais cedo entre as ações de maior peso e liquidez, com o petróleo estendendo ganhos recentes, que colocaram a referência global, o Brent, perto da casa de US$ 96 por barril na máxima do dia, a US$ 95,96. Depois das 15h, contudo, os preços da commodity perderam força, oscilando para o negativo no fechamento em Londres (ICE) e Nova York (Nymex), o que afetou o desempenho das ações da petroleira, que encerraram o dia com a ON sem variação e a PN, em alta de 0,23%. Por sua vez, Vale ON mudou de direção e subiu 0,19% no fechamento. Por outro lado, o desempenho dos grandes bancos foi negativo, com Bradesco PN à frente (-1,14%). Na ponta perdedora do Ibovespa, Pão de Açúcar (-6,90%), Renner (-5,38%) e Totvs (-4,91%). O Bank of America (BofA) reduziu o preço-alvo das ações do GPA, de R$ 15 para R$ 3,50, após a cisão do controle acionário no Grupo Éxito, que passou a ser negociado por meio de Brazilian Depositary Receipts (BDRs). O BofA diz que prevê melhoras operacionais, mas estrutura de custo elevada, perda de escala e pressão da concorrência nos próximos anos. Disputas trabalhistas também são citadas, o que poderia ofuscar receitas de patrimônio. No lado oposto do Ibovespa, destaque para retomada parcial em Via (+2,74%), muito pressionada nas últimas sessões pela reação negativa dos investidores à precificação do follow on. Nesta terça-feira, a ação da varejista fechou à frente de Hapvida (+1,81%) e Suzano (+1,40%), e logo atrás de Marfrig (+4,07%). "A Bolsa operou hoje lateralizada, oscilando entre leve queda e leve alta, mas num patamar relevante, em torno dos 118 mil pontos. Hoje ainda prevaleceu o 'modo cautela', pelas reuniões de amanhã dos BCs, o que favorece uma postura mais defensiva, em mercado sem volume expressivo", diz Felipe Moura, sócio e analista da Finacap Investimentos. "Sinalização de aumento do ritmo de cortes da Selic, amanhã, seria uma surpresa positiva, que ajudaria a Bolsa, mas a expectativa maior está voltada para o Fed, com leituras de inflação acima do esperado nos Estados Unidos nas divulgações da semana passada, o que preocupou parte do mercado. É importante ver como o Fed vai se posicionar, na comunicação", acrescenta o analista, que antecipa volatilidade para a tarde desta quarta-feira, 20. Em outro desdobramento recente, a recuperação do petróleo vem no momento em que o mercado começava a precificar convergência maior da inflação, ao redor do globo. Nesse contexto, o Brent voltou a ultrapassar hoje a marca de US$ 95 por barril, durante a sessão, diante de preocupações com a oferta global. "A recente alta dos preços de energia contribui para o aumento da pressão sobre banqueiros centrais, que buscam controlar a inflação sem gerar recessões", observa a Guide Investimentos, em nota. Na agenda doméstica nesta véspera de deliberação sobre juros, destaque para o IBC-Br, indicador considerado como uma espécie de prévia do PIB. "O dado apresentou um crescimento de 0,44% em julho, mostrando que a atividade econômica do País se mantém resistente, apesar da pressão da taxa de juros alta", aponta Vanessa Naissinger, especialista de investimentos da Rico. O avanço do IBC-Br ante junho foi mais intenso do que o apontado na mediana das estimativas colhidas pelo Projeções Broadcast, de 0,35%. As previsões iam de queda de 0,10% a alta de 1,10%, no intervalo. De junho para julho, o índice de atividade calculado pelo BC passou de 146,89 para 147,53 pontos na série dessazonalizada, atingindo assim o maior nível desde abril. (*

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Com Carolina Maingué Pires

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