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Ibovespa cai 0,32%, aos 117,8 mil pontos, com poucos catalisadores na sessão

Em dia com poucos catalisadores para os negócios, o Ibovespa se acomodou um pouco abaixo dos 118 mil pontos, em recuo de 0,32% no fechamento da sessão, em que oscilou dos 117.324,10 aos 118.731,86, da mínima à máxima do dia, e encerrou aos 117.841,19, dev

Luís Eduardo Leal e André Marinho (via Agência Estado)

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Escrito por Luís Eduardo Leal e André Marinho (via Agência Estado)
Publicado em 18.07.2023, 17:42:00 Editado em 18.07.2023, 17:47:19
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Em dia com poucos catalisadores para os negócios, o Ibovespa se acomodou um pouco abaixo dos 118 mil pontos, em recuo de 0,32% no fechamento da sessão, em que oscilou dos 117.324,10 aos 118.731,86, da mínima à máxima do dia, e encerrou aos 117.841,19, devolvendo boa parte do leve ganho do dia anterior. Nesta terça-feira, o índice de referência da B3 reverteu também o pequeno avanço visto até o começo da tarde, não conseguindo acompanhar o desempenho moderadamente positivo em Nova York, onde o destaque foi o Dow Jones, em alta de 1,06% no encerramento.

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Tão fraco quanto o de ontem, o giro ficou em R$ 18,7 bilhões na sessão. No mês, o Ibovespa cede 0,21%, mas avança 7,39% no ano e está positivo na semana (+0,11%). Na B3, o desempenho majoritariamente negativo dos grandes bancos (Itaú PN -1,94%) tirou o suporte que havia assegurado no dia anterior ao Ibovespa, em sessão mais uma vez desfavorável, ainda que levemente, às ações de commodities (Vale ON -0,63%; Petrobras ON -0,86%, PN -0,55%).

Na ponta do índice, destaque nesta terça-feira para Yduqs (+7,11%), Pão de Açúcar (+4,80%), Alpargatas (+4,04%), Cogna (+3,76%) e Prio (+2,83%), com Assai (-2,81%), JBS (-2,77%), Minerva (-2,13%) e Méliuz (-2,09%) no lado oposto.

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Ao fim, "o Ibovespa apresentou pequena queda, enquanto o dólar operou de forma estável na sessão. O principal índice da B3 esteve em equilíbrio entre o desempenho mais fraco das ações relacionadas a commodities e o avanço de parte dos papéis associados à economia local", comenta Carlos Honorato, professor da FIA Business School, que chama atenção para a perda de vigor da economia chinesa, a que a B3 tem forte exposição pelo peso das ações de matérias primas na composição do Ibovespa.

"Dificuldades na segunda maior economia do mundo colocarão mais pressão sobre o crescimento global. A economia da China perdeu ritmo no segundo trimestre devido à queda das exportações, ao baixo desempenho das vendas no varejo e a um setor imobiliário estagnado", acrescenta Honorato.

Na ausência de novos sinais ruins, como a fraca leitura sobre o PIB chinês na virada para a segunda-feira, a sessão de hoje foi relativamente tranquila também para os índices de ações nos Estados Unidos, com dados sobre vendas do varejo no país, às 9h30, trazendo núcleo e índice um pouco abaixo do esperado para junho, o que resultou, a princípio, em algum estresse para o índice DXY, que contrapõe o dólar a referências como euro, iene e libra, e também na curva de juros americana. Mas tal movimento se mostrou pontual, transitório, observa Helder Wakabayashi, analista da Toro Investimentos.

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Aqui, "há ainda uma grande expectativa pelo início de corte dos juros, mas os fortes balanços corporativos divulgados no exterior fazem com que o dólar responda de forma expressiva. A gente sabe que, no Brasil, o corte de juros em agosto é bem provável, mas há incerteza se será de 0,25 ou de meio ponto porcentual. Os balanços corporativos nos Estados Unidos têm dado uma ideia da direção da economia americana, e o lucro do Bank of America no segundo trimestre foi, de certa forma, um fator de alívio, inclusive para quem espera que os juros americanos fiquem entre 5% e 5,25% no ano", diz Paloma Lopes, economista da Valor Investimentos.

Em geral, nesta terça-feira, as ações de grandes bancos operaram em forte alta nos principais mercados acionários do mundo, após o sólido balanço do Bank of America (BofA) ter reforçado a percepção de que o setor financeiro deixou para trás turbulências que resultaram na quebra de três instituições de médio porte nos Estados Unidos no primeiro semestre do ano.

Por aqui, ontem, a leitura mais recente do IBC-Br, em retração de 2% em maio ante abril, veio em momento no qual a desaceleração da inflação animava o mercado, em consonância com um quadro de resiliência econômica e também do mercado de trabalho doméstico.

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"A taxa de juros é como freio de mão, e a elevação foi necessária no momento em que também se discutia muito a situação das contas públicas, o que resultava na colocação de prêmios na curva. O quadro para as contas públicas é mais positivo desde o arcabouço fiscal, e agora com a reforma tributária. Mas o início de cortes tende a ser parcimonioso, começando por 25 pontos-base e podendo ir depois a 50 pontos, com a Selic chegando a 12%, 12,5% no fim do ano, e a um dígito no fim de 2024", diz Camila Abdelmalack, economista-chefe da Veedha Investimentos.

A perspectiva de juros mais baixos ao longo deste segundo semestre vinha induzindo, especialmente em junho, uma recuperação de preços dos ativos em Bolsa. Mas o gás da retomada tem se mostrado mais curto desde a virada para julho, mês em que, até aqui, o Ibovespa tem aparado um pouco do avanço de 9% que havia acumulado no anterior. Nas últimas quatro sessões, sem quebras, o Ibovespa tem basicamente devolvido o que acumula no dia precedente, com a linha de 117 mil pontos prevalecendo na maioria dos fechamentos desde o último dia 10, após ter sustentado os 119 mil pontos entre 3 e 5 de julho.

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