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Ibovespa acelera e mira 104 mil pontos com NY e blue chips

Após renovar mínima, em queda de 0,46%, aos 102.448,52 pontos, o Ibovespa passou na manhã desta sexta-feira a testar alta, em meio à mudança de sinal para cima das bolsas norte-americanas. Com isso, subiu 1,08%, na máxima diária aos 104.031,24 pontos, red

Maria Regina Silva (via Agência Estado)

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Escrito por Maria Regina Silva (via Agência Estado)
Publicado em 28.04.2023, 12:00:00 Editado em 28.04.2023, 12:07:56
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Após renovar mínima, em queda de 0,46%, aos 102.448,52 pontos, o Ibovespa passou na manhã desta sexta-feira a testar alta, em meio à mudança de sinal para cima das bolsas norte-americanas. Com isso, subiu 1,08%, na máxima diária aos 104.031,24 pontos, reduzindo a queda semanal a 0,50%, depois de ceder mais de 1% nessa base de comparação, antes do fim de semana prolongado. Na segunda-feira, a B3 fecha por conta do Dia do Trabalho.

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As bolsas em Nova York ganharam força após o índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) do Instituto para Gestão da Oferta (ISM, na sigla em inglês) dos EUA superar a expectativa em abril, em alta a 48,6. E Universidade de Michigan mostrou alta nas expectativas de inflação nos EUA, depois de uma leitura do índice de preços de gastos com consumo (PCE, na sigla em inglês) de mais cedo.

Após os dados, a possibilidade de uma elevação nos juros em 25 pontos-base pelo Federal Reserve (Fed, o banco central americano) na próxima quarta-feira cresceu nos últimos minutos, agora em 90,6%, com apenas 9,4% de chance de manutenção dos juros na faixa entre 4,75% e 5,00%, no monitoramento do CME Group.

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Com a aceleração, saltou 1.500 pontos em meia hora, quando se olha a mínima e a máxima, destaca Bruno Takeo, da Ouro Preto Investimentos. Além disso, as ações de blue chips como Vale, Petrobras e de grandes bancos ganharam fôlego. "Segue o exterior, pois os fatores locais não estão tendo muito impacto", cita o analista.

Na visão de Takeo, ainda que as decisões relacionadas à Petrobras na véspera sejam pró-governo, já eram esperadas. "O mercado não achava que poderia mudar, que viesse muita coisa diferente. E o arcabouço fiscal segue na expectativa", diz. O petróleo também acelerava os ganhos.

Segundo André Meirelles, diretor de Alocação e Distribuição da InvestSmart XP, o que tem atrapalhado o Ibovespa são as questões políticas, fazendo com que os investidores domésticos fiquem afoitos, no aguardo do avanço na tramitação das novas regras fiscais.

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"Diversas CPIs foram instaladas e a votação do arcabouço fiscal pode ser postergada. Isso preocupa um pouco o mercado. A queda do Ibovespa na semana é muito explicada pelo ruído político. Há algum fluxo de gringo, mas o local está desolado", avalia Meirelles.

Conforme Meirelles, os resultados de alguns indicadores macroeconômicos, como IPCA-15 e taxa de desemprego, sugerem que os juros altos estão surtindo impacto. "O remédio amargo está fazendo efeito. É ruim para a atividade, mas é o esperado para a inflação."

Às 11h39, o Ibovespa subia 0,84%, aos 103.773,24 pontos.

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