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IBGE: número de brasileiros com algum tipo de renda soma recorde de 143,4 milhões em 2024

O mercado de trabalho aquecido ajudou a aumentar o número de brasileiros com algum tipo de renda para um recorde de 143,4 milhões de pessoas em 2024. A população com rendimento habitual do trabalho subiu a um auge de 101,9 milhões, enquanto a população re

Daniela Amorim (via Agência Estado)

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Escrito por Daniela Amorim (via Agência Estado)
Publicado em 08.05.2025, 12:45:00 Editado em 08.05.2025, 12:51:11
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O mercado de trabalho aquecido ajudou a aumentar o número de brasileiros com algum tipo de renda para um recorde de 143,4 milhões de pessoas em 2024. A população com rendimento habitual do trabalho subiu a um auge de 101,9 milhões, enquanto a população recebendo aposentadoria e pensão somou um ápice de 29,2 milhões. Já os beneficiários de programas sociais do governo avançaram de 18,6 milhões em 2023 para 20,1 milhões em 2024, patamar ainda longe do pico de 27,5 milhões atingido em 2020, na pandemia de covid-19.

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Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) - Rendimento de todas as fontes, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira, 8.

Considerando as pessoas com alguma renda, o rendimento médio de todas as fontes subiu 2,9% ante 2023, a R$ 3.057 em 2024, o máximo da série histórica iniciada em 2012. O rendimento médio mensal real habitualmente recebido de todos os trabalhos também foi recorde, R$ 3.225, alta de 3,7%. Já o valor médio do rendimento de outras fontes teve ligeira queda de 0,1% em relação ao ano anterior, para R$ 1.915.

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Na renda de outras fontes, a categoria aposentadoria e pensão manteve o maior valor médio em 2024, R$ 2.528; o de programas sociais do governo foi de R$ 836; o de aluguel e arrendamento, R$ 2.159; pensão alimentícia e mesada, R$ 771; e demais rendimentos, como seguro-desemprego, aplicações financeiras e bolsas de estudos, R$ 2.135.

Com mais pessoas trabalhando e salários com ganhos reais, a participação do rendimento do trabalho na composição do rendimento domiciliar per capita cresceu de 74,2% em 2023 para 74,9% em 2024. Os demais 25,1% eram provenientes de outras fontes, entre elas aposentadoria e pensão (16,8%), aluguel e arrendamento (1,9%), pensão alimentícia, doação e mesada (0,8%), programas sociais do governo (3,8%) e outros rendimentos (1,6%).

A participação dos programas sociais no rendimento domiciliar per capita teve ligeiro aumento de 3,7% em 2023 para 3,8% em 2024.

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"Houve alta em programas sociais, mas não é Bolsa Família. A gente observa, principalmente, uma variação positiva do BPC-LOAS e de outros programas sociais", afirmou Gustavo Fontes, técnico da pesquisa do IBGE.

A proporção de domicílios com algum beneficiário do programa Bolsa-Família recuou de 19,0% em 2023 para 18,7% em 2024, mas a fatia de lares com beneficiário do BPC-LOAS aumentou de 4,2% para 5,0% no período, maior porcentual da série histórica iniciada em 2012. O porcentual de domicílios que recebiam rendimentos de outros programas sociais aumentou de 1,4% em 2023 para 2,1% em 2024.

O IBGE ressaltou que o rendimento médio domiciliar per capita dos domicílios que recebiam o Bolsa Família era de R$ 717 em 2024, o equivalente a menos de 30% do rendimento médio de 2.424 registrado pelos domicílios não beneficiados. Para Gustavo Fontes, o indicador é importante para aferir que a destinação de recursos está beneficiando as famílias mais vulneráveis, público-alvo do programa de transferência de renda.

Em 2024, os estados do Norte e Nordeste mantiveram as maiores proporções de domicílios com beneficiários dos dois principais programas sociais, enquanto os do Sul tinham as menores proporções de lares beneficiados. Enquanto o Maranhão tinha 41,3% das casas com algum beneficiário do Bolsa Família em 2024, essa fatia descia a 4,4% em Santa Catarina.

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