A diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva, avaliou que a inteligência artificial (IA) é a melhor chance de as economias conseguirem ampliar a produtividade. Pesquisa do organismo, com sede em Washington DC, mostrou que a IA, se bem administrada, tem o potencial de elevar o crescimento mundial em até 0,8 ponto porcentual, segundo ela.
"Com isso, iríamos para um caminho de crescimento maior do que nos anos anteriores à pandemia", disse Georgieva, em discurso que antecede as reuniões anuais do FMI, na próxima semana.
No entanto, a IA precisa "urgentemente" de códigos regulatórios e éticos que sejam fundamentalmente globais, alertou. Até mesmo porque, essa tecnologia não tem fronteiras e já está em smartphones em todos os lugares, reforçou. "Em todas essas áreas e muitas outras, o ponto principal é que os países precisam reaprender a trabalhar juntos", sugeriu Georgieva, mencionando ainda o papel de organismos como o FMI.
Ao analisar o seu primeiro mandato à frente do Fundo, ela disse que o mundo enfrentou uma crise sem precedentes. Nesse período, o FMI forneceu US$ 1 trilhão em liquidez e análises econômicas críticas ajudaram os formuladores de políticas a sincronizar suas ações, de acordo com ela.
Em sua segunda gestão, Georgieva destacou que o Fundo acaba de aprovar reformas importantes que reforçam a sua posição financeira e beneficiam diretamente os membros. "Estamos reduzindo taxas e sobretaxas em nossos empréstimos regulares e implementando um pacote abrangente de medidas que garante nossa capacidade de conceder empréstimos para apoiar países de baixa renda", disse.
Por fim, afirmou que, em 1º de novembro, o Conselho do FMI dará passará a contar um terceiro diretor para a África Subsaariana, garantindo mais voz para uma região até então sub-representada.
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