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Huw Pill, do BoE, diz esperar que corte nos juros ainda demore um pouco

O economista-chefe do Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês), Huw Pill, afirmou nesta sexta-feira, 1, que, em sua perspectiva neste momento, um corte nos juros "ainda demora um pouco". O dirigente disse que tem monitorado a persistência da inflação

Gabriel Bueno da Costa (via Agência Estado)

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Escrito por Gabriel Bueno da Costa (via Agência Estado)
Publicado em 01.03.2024, 12:56:00 Editado em 01.03.2024, 13:02:43
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O economista-chefe do Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês), Huw Pill, afirmou nesta sexta-feira, 1, que, em sua perspectiva neste momento, um corte nos juros "ainda demora um pouco". O dirigente disse que tem monitorado a persistência da inflação e argumentou que é preciso evitar um "falso senso de segurança" sobre ela no médio prazo, mesmo que projete que ela ficará "perto ou mesmo abaixo" da meta de 2% na primavera local no Reino Unido.

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Pill discursou na Cardiff University Business School. Ele disse que deseja ver evidência mais sólida de que o componente persistente da inflação subjacente no país está sendo levado para baixo, com um atingimento "duradouro e sustentável" da meta de inflação de 2%, antes de votar por corte de juros.

O dirigente lembrou que, na reunião mais recente do BoE, foi um dos que votou por manutenção da política monetária. Ele disse que tomou a decisão ao avaliar três componentes cruciais. O primeiro deles é que a atividade econômica "segue fraca" no Reino Unido, o que ele atribui em medida significativa a fraquezas vistas do lado da oferta da economia.

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Em segundo lugar, Pill disse esperar que o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) continue a cair nos próximos meses, "provavelmente se aproximando ou mesmo caindo abaixo da meta de inflação de 2% nesta primavera" local. Isso em si é "uma boa notícia", mas o movimento é afetado por uma combinação de efeitos de base de comparação e externos, comentou. E argumentou que é preciso cuidado para não ser vítima de um "falso senso de segurança sobre os acontecimentos na inflação no médio prazo por efeitos mecânicos da inflação mensal elevada de um ano atrás", bem como por surpresas de baixa nos preços de commodities internacionais, sobretudo em energia e alimentos.

Além disso, como terceiro ponto, Pill disse que continua a ter foco no "componente persistente" do CPI, que continuarão presentes no horizonte de 12 a 24 meses. Segundo ele, a persistência da inflação continua a ser resultado de três fatores: a inflação de serviços; o crescimento dos salários; e o mercado de trabalho apertado.

Pill disse que vê "sinais preliminares" de viés de baixa nos componentes persistentes da dinâmica inflacionária, mas ressalta que ainda se trata de algo preliminar. "Na minha visão, ainda temos um caminho pela frente até que essa evidência se torne conclusiva."

O dirigente afirmou que, mesmo em caso de confiança de que o componente persistente da inflação perca fôlego, isso não significa que o BoE poderia abandonar sua postura restritiva. Mas ponderou que manter a postura restritiva não significa necessariamente manter os juros. Ele recorda que os juros reais subirão, conforme a inflação e as expectativas para esta diminuírem, e diz que isso será levado em conta pelo BC. Além disso, notou que um corte no juro ainda poderia deixá-lo em "território restritivo".

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